A contraindicação para o consumo de mexilhões segue na região de Imbituba, no litoral Sul catarinense. A decisão se deu pela suspeita de “maré vermelha”, que é uma proliferação de algas tóxicas. Conforme a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), pessoas apresentaram sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina, molécula que contamina moluscos e peixes, após consumirem moluscos retirados de costões de praias catarinenses.

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A Cidasc, junto a Polícia Militar Ambiental (PMA-SC), coletou amostras de moluscos bivalves em Florianópolis, Palhoça, Imbituba e Laguna em 29 de dezembro. Os resultados foram liberados pelo laboratório oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no dia 2 de janeiro.

Os animais coletados em fazendas marinhas de Florianópolis e de Palhoça — que são monitoradas pelo órgão — se mostraram próprios para o consumo, sem riscos à saúde pública. Porém, todas as amostras recolhidas em ilhas e costões de Imbituba, Florianópolis e Laguna — onde não há o monitoramento — demonstraram níveis acima do limite previsto na legislação para ácido okadaico. A quantidade é suficiente para causar intoxicação em humanos em caso de consumo.

Sintomas e risco à saúde

Essas toxinas não prejudicam a saúde dos animais aquáticos, mas provocam sintomas gastrointestinais em humanos que se alimentam da carne dos moluscos bivalves contaminados. Os sintomas de intoxicação podem ser enjoo, diarreia e vômito.

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Santa Catarina é o maior produtor nacional desta cultura e realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. A Cidasc recomenda que a população não consuma moluscos bivalves retirados de costões e ilhas dos municípios afetados, e dê preferência pelos mexilhões provenientes de áreas de cultivo monitoradas ao longo do ano.

Em casos de suspeita de contaminação, a recomendação é que a pessoa busque atendimento médico, além de notificar a Vigilância Sanitária e a Cidasc pelo número da Ouvidoria de Santa Catarina: 0800 644 8500.

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