Puxado pela demanda do comércio e das residências, o consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 3,5% em 2012 ante 2011, de 433,03 mil GWh para 448,29 mil gigawatt-hora (GWh). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na comparação entre dezembro de 2012 e igual mês de 2011, a expansão verificada foi de 2,7%, de 36,74 mil GWh para 37,73 mil GWh.

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Segundo a EPE, o consumo comercial teve alta de 7,9% de 2011 a 2012, para 79,28 mil GWh, refletindo o aquecimento das atividades terciárias da economia brasileira. Como exemplo, a EPE citou que o volume de vendas no varejo, principal demandante de energia da classe, acumulava alta de 8,4% até novembro de 2012, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consumo residencial também registrou importante crescimento entre 2012 e 2011, de 5%, para 117,56 mil GWh.

– Dentre os fatores que contribuíram para sustentar essa dinâmica do consumo residencial de energia estão o mercado de trabalho aquecido, o aumento real da renda e a expansão do crédito – disse a EPE no documento Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica.

Destaque negativo para o consumo da classe industrial, que não registrou crescimento na demanda em 2012 ante 2011, permanecendo estável em 183,48 mil GWh.

– A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE mostra que a produção industrial se reduziu 2,6% em 2012, redução que se observa na maioria dos subsetores, mas principalmente nos segmentos em que é intensivo o uso de eletricidade, como a cadeia da siderurgia e a da produção de alumínio – justificou a EPE.

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Em dezembro de 2012, o consumo industrial foi de 14,78 mil GWh, uma queda de 3,2% na comparação com igual mês de 2011.