O horário brasileiro de verão, que acaba à zero hora do próximo domingo, contribuiu para a redução da demanda por energia no horário de ponta, entre 18h e 21h, em 2.477 megawatts (MW), de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema (ONS). O valor corresponde a 4,5% da demanda máxima dos Estados que adotaram o horário diferenciado desde 21 de outubro de 2012.
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No sistema Sudeste/Centro-Oeste, a diminuição foi de 1.858 MW, enquanto no sistema Sul a redução foi de 610 MW. Já no sistema Norte, a demanda foi menor em apenas 9 MW, correspondentes ao Estado do Tocantins.
Na temporada anterior (2011/2012), a redução obtida no horário de ponta foi semelhante, de 4,6% em todas as regiões participantes. O porcentual é o mesmo quando se contabiliza os últimos dez anos de horário de verão no país.
No caso do Sul, dos três estados, o Rio Grande do Sul alcançou o maior índice de redução de demanda, chegando a 4,9%. Em Santa Catarina, foi de 4,8% e no Paraná de 4,7%. Para efeito de comparação, a redução total equivale a cerca de 55% da carga no horário de ponta na cidade do Rio de Janeiro, que possui 6,4 milhões de habitantes, ou a duas vezes a carga no horário de pico de Brasília, com uma população de 2,6 milhões de pessoas.
Ainda segundo o ONS, o custo evitado de investimento para a construção de térmicas a gás natural para atendimento à ponta é da ordem de R$ 3,5 bilhões.
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“A redução da demanda no horário de ponta possibilita um aumento da segurança operacional, em decorrência da diminuição dos carregamentos na rede de transmissão, uma maior flexibilidade operativa para realização de manutenções, redução de cortes de carga em situações de emergência no sistema elétrico e a diminuição dos custos de operação do Sistema Interligado Nacional”, avaliou em nota o Ministério de Minas e Energia.