Um levantamento inédito apontou que o consumo de cerveja continua crescendo no Brasil durante a pandemia da Covid-19. Mesmo com a inflação, a bebida deve registrar um novo recorde de volume de vendas em 2022. As informações são do g1.

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De acordo com a pesquisa feita pelo Euromonitor, que foi antecipada pelo g1, as vendas de cerveja no país cresceram 7,6% em 2021. O número é superior ao avanço de 2020, quando foi de 5,3%, atingindo o recorde de 14,3 bilhões de litros. Este é o melhor resultado desde 2014, ano de Copa do Mundo.

No último ano, o principal motivo para o crescimento foi a volta do consumo do produto fora de casa: ele saltou de 9,2% em relação ao primeiro ano de pandemia. Além disso, a expectativa é de que o volume total de vendas de cerveja cresça perto dos 8% este ano, alcançando 15,4 bilhões de litros. Este seria o 4º ano de crescimento.  

  • Hábito cultural de beber cerveja; 
  • Volta do consumo fora de casa; 
  • Preços relativamente acessíveis para a maior parte da população; 
  • Aumento nos lançamentos, além do crescimento das linhas premium, sem álcool e de baixa caloria. 

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— Como as pessoas ficaram isoladas em casa por mais de um ano, começaram a sair mais para ‘se vingar’ da Covid. As pessoas quererem compensar o tempo perdido e se reconectar com o amigos e com os colegas de trabalho — alega Rodrigo de Mattos, analista de pesquisa da Euromonitor. 

Brasileiros incluem compra de bebida em orçamento 

Outra pesquisa, mas da consultoria Kantar, apontou que o total de unidades de cerveja vendidas fora de casa cresceu para 26,8% no 1º trimestre deste ano, se comparado com os três primeiros meses de 2021. Na época, o número caiu 3,4%. 

Segundo o estudo, mais brasileiros começaram a incluir no orçamento algum gasto com o consumo da bebida em bares. Porém, a frequência do consumo fora de casa caiu para 2,9 vezes no trimeste. No período pré-pandemia, a média era de 3,7 vezes. 

— Comparado a 2020, vemos um aumento de 3,5 milhões de pessoas novas consumindo cerveja [fora de casa]. Esse aumento de numero de compradores compensa a queda da frequência — diz Hudson Romano, gerente sênior da Kantar. 

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Preço subiu 9,38% 

Em 12 meses, o preço da cerveja subiu 9,38% segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é abaixo da inflação oficial do país, que acumula uma alta de 11,73%. Já fora de casa, a alta foi bem menor, sendo 5,22% em 12 meses, conforme aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). 

Apesar da inflação não ter feito o brasileiro beber menos, ela tem obrigado o consumidor a pesquisar antes de decidir o que consumir. 

A estimativa da Euromonitor é que o ritmo de crescimento do consumo dentro de casa voltará a ser maior que o das vendas em estabelecimentos até o fim do ano. 

— Quando o consumidor vê uma cerveja com preço duas vezes mais caro do que ele encontraria no mercado, ele acaba mantendo a demanda por esse produto no consumo off-trade [dentro de casa] — diz Mattos.

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Por outro lado, a Kantar aponta um avanço da concorrência de outros canais no consumo fora de casa. 

— Um dos canais que tem crescido muito é o ambulante, que vende um produto mais barato para a grande massa — alega Romano em entrevista ao g1. 

Copa do mundo deve elevancar o consumo 

Um dos maiores eventos do planeta, a Copa do Mundo, que acontecerá em novembro e dezembro, deve ajudar a aumentar o consumo da cerveja, principalmente nas ruas. 

— Vamos ter dois grandes eventos acontecendo simultaneamente: o verão e Copa do Mundo, que devem dar uma força excepcional para a categoria de cervejas — salienta Mattos.

Outro ponto que tem ajudado os fabricantes a elevarem o faturamento é a venda de cervejas “premium”, com um custo mais caro. 

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No ano passado, por exemplo, aquelas que estavam na categoria Domestic Premium Lager – que custam mais de R$ 10 o litro — tiveram um crescimento nas vendas de 17%. Enquanto isso, as sem álcool saltaram 43,9%. Porém, a inflação deve desalecerar o crescimento. 

— O consumidor diminuiu a frequência que ele compra cerveja premium para consumir cerveja mais barata, mas ele não para de consumir a premium — diz Romano.

A projeção da Euromonitor é de um ganho de 11% na receita do setor em 2022, sendo assim maior do que o do volume de litros vendidos. 

Confira as cervejas mais consumidas no Brasil em 2021

1. Brahma 

2. Skol

3. Antarctica 

4. Itaipava

5. Nova Schin

Confira as cervejas premium mais consumidas no Brasil em 2021

1. Brahma (Extra, Malzbier e outras) 

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2. Bohemia 

3. Heineken

4. Budweiser

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