Atraídos pelas promessas de ofertas com até 75% de desconto e pelas propagandas nas TVs e jornais, consumidores amanheceram na frente das lojas das principais varejistas do Estado e do país nesta sexta-feira.
Continua depois da publicidade
Os clientes foram atraídos por liquidações programadas para hoje, como as promovidas pelas redes Magazine Luiza, que abriu as portas às 6h, e Berlanda, com megaliquidação nesta sexta-feira e sábado, e também pela continuidade de saldões iniciados em dezembro ou esta semana, como o das lojas Koerich, Casas Bahia e Ponto Frio.
No Centro de Florianópolis, local de concentração das principais redes varejistas, a expectativa por uma boa compra dos consumidores foi embalada por uma disputa entre os lojistas. Perto do Mercado Público, seguranças orientavam a entrada ordenada dos clientes da Ponto Frio. Perto dali, a Koerich investiu em uma banda e em um artista circense para atrair o público.
O varejo está caprichando nas ofertas e em oferecer condições facilitadas para as compras neste início de ano porque as vendas no Natal ficaram abaixo do esperado. Em Santa Catarina, segundo a Fecomércio-SC, o faturamento do setor cresceu 3,89% no Natal de 2011 em relação ao de 2010 – a expectativa era de 5,5%.
Pelo acompanhamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL-SC), as vendas no último Natal cresceram 4,68%, abaixo da estimativa da entidade que era de 6%.
Continua depois da publicidade
Pela avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr., muitos consumidores investiram o 13º salário na quitação de dívidas. Mas o aumento do salário mínimo, este mês, que está injetando R$ 47 bilhões na economia nacional, e o aumento das ofertas do varejo podem melhorar o desempenho do comércio em 4,5% entre janeiro e março, segundo Pellizzaro.
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) pede cautela para os clientes das lojas. A principal dica de Polyanna Carlos Silva, supervisora institucional da associação, é de que o consumidor evite comprar por impulso. Mesmo com a avalanche de ofertas, a recomendação é que você compre apenas o que é necessário e tendo feito, antes, um planejamento para não começar o ano com muitas dívidas. Afinal, este é um período em que muitas contas, como IPTU e IPVA aparecem.