Os motoristas que precisaram abastecer o carro nesta semana, em Joinville, encontraram a gasolina quase 10% mais cara. A última pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período de 13 a 19 de maio em 19 estabelecimentos, apontou que o preço médio praticado na cidade era de R$ 3,713. Já nesta terça-feira, a equipe de “AN” consultou os mesmos locais, o valor médio encontrado chegou a R$ 4,052.

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Já a variação atual no preço da gasolina comum entre os postos da cidade varia em até R$ 0,33. Em alguns locais, o preço mais baixo por litro chegou a R$ 3,95 e o mais alto alcança a marca de R$ 4,29. O aumento nos preços do combustível começou no final do mês de abril, após uma ligeira queda nos valores.

— A impressão que eu tenho é que está subindo um pouquinho a cada dia, porque sempre que venho abastecer e o litro está mais caro — conta a professora Jéssica da Silva, 23 anos.

Apesar de morar em Jaraguá do Sul, a jovem, vez por outra, abastece o carro em um posto na zona Sul de Joinville. Segundo Jéssica, tanto aqui quanto em Jaraguá, o preço aumenta a cada semana. Ela conta que já chegou a pagar chegando a R$4,12 em alguns postos. A percepção da professora – do aumento gradual neste último mês – condiz com os dados apresentados pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro).

De acordo com o sindicato, desde 1º de maio até esta terça-feira (22), o preço de venda da gasolina para as distribuidoras aumentou 14,97%. O número representa acréscimo de 8,02% pontos percentuais, em comparação com a variação do mês de abril, quando o aumento chegou a 6,95%. Este aumento praticado pela Petrobras para a venda do combustível às distribuidoras reflete no preço que o consumidor paga na bomba, já que ainda há o incremento de impostos.

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Até chegar ao bolso do consumidor há um longo caminho. Ainda são acrescidos outros valores que elevam o preço, como os impostos, o valor de frete do combustível pago pelos donos dos postos e ainda as despesas dos estabelecimentos, impactando no valor final que o cliente encontra nas bombas. Em alguns locais de Joinville, o lucro dos proprietários fica menor do que 15 centavos por litro.

Audiência debate preços

Nesta quarta-feira, o presidente do Sindipetro de SC, Luiz Antonio Amin, irá participar de uma audiência pública em Brasília para acompanhar o debate sobre os preços dos combustíveis. A discussão atende um pedido da Federação do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíves), que pretende esclarecer os impactos que a política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras em suas refinarias, desde julho de 2017, está trazendo para o orçamento das famílias e empresas.

Fora isso, a audiência também pretende identificar alternativas para minimizar a insegurança e garantir mais previsibilidade à política de ajustes de preços dos combustíveis.

— O revendedor não sabe quanto pagará pelo produto na próxima compra. Além disso, muitas vezes é acusado injustamente de praticar altos preços, visto que os valores divulgados pela refinaria não levam em consideração o valor dos impostos pagos, dando a entender que todo lucro é do posto, o que não condiz com a realidade — afirma.

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