A conta de energia elétrica poderá ter uma redução de R$ 49 para pelo menos 78 milhões de brasileiros. Será R$ 1,3 bilhão do chamado “bônus Itaipu”, que é a distribuição do saldo positivo da hidrelétrica referente ao ano de 2023. As informações são do g1.

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A redução será para consumidores rurais ou residenciais que tiveram consumo inferior a 350 quilowatts hora em ao menos um mês de 2023. O desconto na fatura vai ser, em média, de R$ 16,66 e dependendo do consumo, pode chegar a R$ 49 na conta de janeiro, segundo a usina.

A medida foi aprovada em novembro do ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

O diretor financeiro Itaipu Binacional, André Pepitone, explicou que a conta vai vir normal
no mês de janeiro e um crédito de bônus para que seja abatido do valor do gasto da energia e o consumidor vai pagar a diferença, o saldo.

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Além do saldo positivo de R$ 399 milhões de Itaipu, referente a 2023, o cálculo do R$ 1,3 bilhão disponível como crédito para os consumidores leva em conta outros valores da usina:

  • R$ 842 milhões referentes aos saldos positivos da Conta Itaipu nos anos de 2020 e 2021, valor que foi destinado às empresas do setor elétrico com o objetivo de reduzir os efeitos da Covid e da crise hídrica, e que foi devolvido à conta no final de 2023;
  • • E R$ 65 milhões de rendimento financeiro por aplicação bancária dos R$ 842 milhões, até setembro de 2024.

Bandeira verde também dará alívio na conta

O ano de 2024 também terminou com um pequeno alívio nas contas de luz devido a chamada bandeira verde, que voltou a vigorar em dezembro, após meses de bandeiras amarela e vermelha. A conta vai seguir na bandeira verde neste primeiro mês de 2025, que começou nesta quarta-feira (1º).

A bandeira da tarifa de energia é definida de acordo com o nível dos reservatórios em todo o país, quando o nível está bom, a maior parte da energia vem da geração das hidrelétricas. Este é o jeito mais barato de produzir energia, em usinas como Itaipu.

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Quando o período é de estiagem, outras fontes de energia, mais caras, são acionadas e quem paga essa conta é o consumidor, segundo o consultor de transição energética, Marcelo Brandt.

— Diferentemente das hidroelétricas que o combustível é a água e a água eu tenho ou não tenho, nas termoelétricas eu preciso colocar algum combustível, diesel, gás natural, qualquer um desses eu tenho um custo adicional. Conforme eu for aumentando a quantidade de termoelétricas necessárias para abastecer todo os meus consumidores no sistema elétrico brasileiro, eu vou acrescentando esses custos na minha conta de energia — destacou o consultor.

No meio do ano, a falta de chuva secou os reservatórios. Em setembro a bandeira vermelha patamar 1 acrescentou R$ 4,46 na conta de luz, em outubro o nível 2 da bandeira vermelha subiu a fatura em R$ 7,87 a cada 100 quilowatts hora consumido. Em novembro, a bandeira foi amarela, com acréscimo de R$ 1,88.

*Sob supervisão de Raquel Vieira

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