Consumidores do Brasil inteiro devem começar a perceber aumento nos preços de frete nos próximos quinze dias. De acordo com Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul), com o aumento de 6% no preço de venda do diesel nas refinarias, é esperada uma alta de aproximadamente 4 % nos preços de fretes.

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– Nós fomos completamente surpreendidos por esse aumento. O governo baixou a cide, acalmou o mercado, e agora pegou todo mundo de surpresa com esse aumento – avalia José Carlos Silvano, presidente da Setcergs.

No caso das passagens de ônibus, ainda não há previsão imediata de aumento. Cada pedido de mudança no preço costuma levar em torno de 60 dias, uma vez que passa por estudo do Daer e homologação da Agergs.

De acordo com o superintendente da RTI, Jefferson Lara, já havia sido pedida uma revisão de tarifas, que passaria a valer am agosto. Assim, a instituição pode entrar com um pedido emergencial de reconsideração para acrescentar o novo preço no diesel nas considerações.

– Fomos pegos de surpresa. O que vamos fazer agora é tentar acrescentar em um pedido que fizemos em maio o novo preço do diesde – comenta Lara.

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O aumento

A Petrobras informou que o novo valor passa vigorar a partir de segunda. Segundo comunicado da estatal, o preço do diesel sobre o qual incide o reajuste anunciado não inclui os tributos federais PIS/Cofins e Cide e o estadual ICMS. No último dia 25, o diesel subiu 3,94%, quando também foi aumentada a gasolina em 7,83%. Na época, o governo zerou a alíquota da Cide sobre os derivados de petróleo.

Estima-se que esse novo reajuste venha a representar um aumento aproximado de 4% sobre o preço final do combustível ao consumidor, que inclui ainda custo do biodiesel e margens de distribuição e revenda. Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo, diz a Petrobras.