A palavra da vez é empreendedorismo. A popularização do termo favoreceu informações mais mastigadas para quem pretende ser dono de uma empresa, além da maior oferta de profissionais que ajudem o futuro empresário a abrir o próprio negócio. Porém, algumas questões que deveriam ser prioridade para a empresa começar com o pé direito ainda são deixadas em segundo plano pelo empresário.
Continua depois da publicidade
Dentre os pontos destacados por consultores do Sebrae-SC, estar atento às oportunidades de negócio e dedicar-se ao seu planejamento é o ponto-chave para que a empresa tenha mais chances de se destacar no mercado.
Joel Fernandes, analista da instituição e autor de livros sobre empreendedorismo, acredita que a primeira iniciativa tomada por quem quer abrir uma empresa é a identificação de uma real oportunidade de negócio. Isto significa conhecer bem a região em que se pretende investir e, melhor ainda, os concorrentes. Fernandes destaca, também, a importância do interessado ter alguma afinidade com o que se propõe a investir.
– É muito comum atendermos no Sebrae pessoas que não têm habilidade naquilo que querem empreender, nem conhecem os serviços oferecidos pelos concorrentes. A possibilidade de fracasso, nestes casos, é muito alta.
Edison Eiji Okita, consultor especializado na área de atendimento, explica que a elaboração do plano de negócios obriga o interessado a buscar informações sobre a área em que se quer investir, o que permite atualizá-lo sobre a concorrência existente na região e verificar se as empresas têm tido sucesso. Okita ressalta que muitos profissionais pensam que não irão conseguir as informações com os possíveis concorrentes, mas lembra que a pesquisa pode ser feita em outras localidades, com características similares às de real interesse.
Continua depois da publicidade
– Muitos candidatos a empresário fazem o contrário e abrem a empresa antes de saber se ela é viável. A elaboração do plano de negócios faz com que eles verifiquem a viabilidade econômica e a aceitação do mercado em relação ao futuro empreendimento.
Antes de se regularizar como microempreendedora individual (MEI), em 2010, Luciane Lemos tinha experiência com vendas em loja e, principalmente, de forma autônoma. O conhecimento técnico adquirido no bater pernas e formar clientela foram aperfeiçoados com os 12 cursos oferecidos pelo Sebrae a que a catarinense se matriculou.
Ganhadora do prêmio Sebrae Mulheres de Negócios, no ano passado, Luciane acredita que o atendimento personalizado aos clientes, indo à casa deles para oferecer os produtos, além de oferecê-los na loja montada em seu apartamento, faz com que seu negócio se diferencie dos demais. A empreendedora espera que, no futuro, cresça profissionalmente e mude a empresa de categoria.
– Trabalho com cartão de crédito, viajo a outros municípios do Estado e até de outras regiões, e a intenção é tornar a marca Luciane Lemos uma microempresa.
Continua depois da publicidade