“A manutenção da taxa Selic em níveis elevados – 11% ao ano atualmente – reflete de forma direta no custo do dinheiro tomado no mercado. Dados do Banco Central indicam que, em média, as famílias brasileiras pagam juros de 42% ao ano nos financiamentos – há um ano o reajuste anual dos empréstimos era de 34,4%. Há situações que beiram o absurdo: a dívida no cheque especial é corrigida a 161,8% ao ano – e os custos financeiros do cartão de crédito são ainda maiores. De forma simplificada, pode-se dizer que tomar um financiamento é como “comprar” dinheiro em prestações.
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Ao contrário do que ocorre quando vamos adquirir um carro ou uma geladeira, no entanto, não “pesquisamos preços” no mercado no momento de tomar empréstimos. O resultado é que a maior parte da população perde dinheiro pagando taxas elevadíssimas quando, dependendo das suas condições cadastrais e das necessidades de recursos, poderia arcar com juros menores. Equilibrar o orçamento – gastar menos do que ganha – é o passo inicial para escapar das armadilhas do mercado financeiro.
O ideal é que, quando necessário, o financiamento seja feito para investimentos – aquisição de um imóvel, financiamento da universidade. Muitas vezes também é adequado tomar um empréstimo – negociado com a instituição financeira em condições mais favoráveis do que as oferecidas automaticamente pelas instituições – para quitar débitos causados por algum descontrole temporário. O essencial é dedicar tempo e algum esforço para fazer a “melhor compra” possível de recursos. O mercado tem uma série de opções e a economia gerada pelas escolhas certas pode ser significativa.
Buscar informação, fazer contas e analisar friamente a situação antes de decidir são fundamentais para preservar suas finanças e, tenha certeza, darão um retorno que valerá o esforço.“
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