Ao menos três pessoas foram presas em flagrante na manhã desta quinta-feira (8) durante a operação que apura o suposto pagamento de propina para que obras não fossem embargadas pela Prefeitura de Florianópolis. Entre eles, segundo o delegado Rodrigo Dantas, está um construtor irregular.

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Entre os crimes estão furto de energia e porte ilegal de arma de fogo. O delegado afirmou, ainda, que nenhuma das prisões envolve servidores da prefeitura.

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Oito mandados de busca e apreensão são cumpridos na Capital catarinense na casa de construtores e de dois servidores municipais. Foram recolhidos documentos e dinheiro em espécie. O objetivo é colher provas que auxiliem nas investigações.

Entenda como era pagamento de propina para obras de Florianópolis, segundo a polícia

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A ação faz parte da primeira fase da operação Primeiro Round, coordenada pela Delegacia de Combate à Corrupção e Investigação de Crimes Contra o patrimônio Público (Decor/Deic), que apura suposta prática de concussão.

Operações envolvendo a prefeitura de Florianópolis revelam graves suspeitas sobre liberação de obras

Conforme o delegado Rodrigo Dantas, que coordena a ação, as primeiras denúncias surgiram no fim do ano passado, mas ganharam impulso em outubro deste ano. O esquema envolvia desde a liberação de alvarás até vista grossa na fiscalização das obras.

Ainda segundo a investigação, em caso de não pagamento, as construções estariam sendo demolidas sumariamente. Dantas diz, ainda, que há suspeitas de que em alguns órgãos houve troca de servidores, mas que mesmo a prática continuou sendo adotada.

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis informou que apoia a investigação e que vai buscar mais informações junto aos responsáveis para “tomar as medidas necessárias em relação aos servidores envolvidos”.

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Ao todo, 36 policiais atuam na operação que conta, ainda, com o apoio do Instituto Geral de Perícias (IGP), Acadebol e demais delegacias da comarca.

Confira a nota na íntegra:

“A Prefeitura de Florianópolis apoia todas as operações que visam investigar e cessar qualquer ato ilegal em processos administrativos. O município trabalha em conjunto com Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil nas ações de demolições e vai buscar mais informações junto aos responsáveis pela operação para tomar as medidas necessárias em relação aos servidores envolvidos.”

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