Construção em terreno doado pelo Legislativo de Blumenau depende do consenso de entidades

De um lado, um grupo de quatro entidades que desenvolvem trabalhos voltados exclusivamente à área da saúde defendendo um espaço em comum para atender crianças e adultos. De outro, duas entidades comunitárias, vinculadas a partidos políticos, buscando um local para criar um centro esportivo e de lazer.

No centro da discórdia, o terreno de 3,9 mil metros quadrados doados pelo Executivo em dezembro do ano passado e que serviria, num primeiro momento, para a construção da nova sede da Câmara de Vereadores de Blumenau. Como o Legislativo desistiu da ideia, a administração municipal repassou o espaço para a Casa de Apoio – Associação de Pais e Portadores de Mielomeningocele e Neoplasia, que poderia compartilhar com outras oito entidades. Tudo parecia resolvido. Não fossem os interesses e desejos completamente opostos.

O conflito que já dura quatro meses está na proposta repassada em conjunto pela Associação dos Conselhos de Segurança (Aconseg) e União Blumenauense de Associações de Moradores (Uniblam), entidades incluídas no projeto por meio de emendas de vereadores. Elas reivindicam um espaço de 1 mil metros quadrados para construir um Centro de Capacitação Comunitária. No local, haveria um auditório para 250 pessoas, salas de oficinas, quadra de esportes e área de festa com churrasqueira.

A presidente da Associação dos Conseg’s, Salete Sbardelatti, e a presidente da Uniblam, Ivone Gnewuch, são categóricas ao afirmar que não existe necessidade de polêmica porque o espaço esportivo e de lazer poderia ser partilhado com as outras entidades. Ela lembrou também que não há uma definição de espaço para cada órgão e que só depois disso é possível ter uma ideia do que fazer. Enquanto isso, nestes quatro meses, o grupo teve baixas.

Das nove entidades que estavam inclusas no projeto, três abriram mão do espaço. Associação Junior Achievement, ABC Ciclovias e Associação Blumenauense de Amigos dos Deficientes Auditivos (Abada) repensaram e desistiram de partilhar o espaço. A Abapa afirmou que precisaria de um terreno maior ao que caberia na divisão do bolo. A Junior Achievement consultou a matriz, em Porto Alegre, e decidiu abrir mão de uma sede.

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