Depois de seis meses embargada, a construção do Sistema de Esgoto do Campeche, na região Sul de Florianópolis, deve ser retomada em breve. Um acordo entre a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), que questionava o local de lançamento dos efluentes, determinou o fim do impasse.
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No documento assinado no fim de maio, com aprovação da Fundação do Meio Ambiente (FATMA) e do Conselho Municipal de Saneamento, está garantida a preservação do Rio Tavares. O projeto inicial previa o lançamento dos efluentes tratados no rio.
O novo cronograma da obra depende da publicação da decisão da Justiça Federal, que extinguiu a ação de embargo, para ser replanejado. Desde julho do ano passado, o ICMBio e a estatal travavam na Justiça uma discussão sobre a obra.
De acordo com a assessoria de imprensa da Casan, o sistema de esgotos do campeche prevê a instalação de 57 quilômetros de rede coletora, a construção de oito estações elevatórias e de uma estação de tratamento de esgotos (ETE) com vazão de 78 litros por segundo. Serão executadas ainda 2,8 mil ligações domiciliares para atender uma população de 25 mil habitantes.
O investimento, de R$ 30 milhões, faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC) e com contrapartida da Casan.
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Alterações
A pressão dos moradores do Sul da Ilha e maricultores, que temiam prejuízos à produção, culminou com a alteração do projeto, que agora pretende construir um sistema de tubos, conhecidos como emissário submarino oceânico, responsável por lançar o esgoto tratado em alto-mar.
– O emissário submarino está em processo de licenciamento. Ainda não temos detalhes do projeto porque ele ainda não foi aprovado – explicou o coordenador substituto do ICMBio, Caio Eichenberger.