As conferências constituem um espaço privilegiado para a sociedade contribuir na construção de políticas públicas. É uma prática que está se consolidando, se destacando como um dos mecanismos mais democráticos de participação. Nas conferências não há hierarquias, especialista. Qualquer cidadão possui o mesmo poder de influir na elaboração de plano de ação para os mais variados setores. Relevante, principalmente, porque o diálogo entre Estado e cidadãos começa no âmbito municipal até chegar ao nacional.

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Esse mecanismo de participação faz parte da história do país desde a década de 40. Começou com a área da saúde no governo Getúlio Vargas. No entanto, a inclusão dos brasileiros na definição de políticas públicas tem sido ampliada nos governos petistas. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 1940 a 2010 foram 115 conferências nacionais, sendo 74 (64%) no governo Lula. Na gestão Dilma manteve-se a mesma prática, ao final do mandato deve-se chegar ao total de 32 conferências. Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde do Trabalhador, cobramos do governo estadual empenho na realização das conferências macrorregionais e estadual, que devem ser realizadas até o final de maio e junho.

Santa Catarina, que lidera o ranking nacional de acidentes do trabalho, tem a oportunidade de colaborar com propostas que possam subsidiar políticas e ações no âmbito da saúde do trabalhador. As discussões estaduais serão levadas à Conferência Nacional em Defesa da Saúde do Trabalhador de 10 a 13 novembro, em Brasília. Vivemos um momento propício para estabelecer o diálogo entre gestores, profissionais de saúde e trabalhadores. Podemos avançar nas políticas, para que a prevenção da saúde do trabalhador seja a prioridade.