A diferença entre o valor do terreno que abriga a delegacia e o antigo presídio da Rua Inglaterra, e a área que a prefeitura pretendia doar em troca, na Avenida das Flores, emperrou a conclusão do processo e a construção de uma nova delegacia integrada para a Polícia Civil. A previsão é que o impasse só seja resolvido no ano que vem.
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O problema é que a área que pertence ao Estado é bastante valorizada: tem oito lotes e custo estimado em R$ 12 milhões. A prefeitura oferecia em troca cinco terrenos e uma rua projetada, que somariam metade desse valor.
Diante da diferença, o Estado negou a permuta. O município então pediu ao governo do Estado que simplesmente doasse a área da Rua Inglaterra para a cidade e se comprometeu a fazer, por sua vez, uma doação também _ assim o processo seria resolvido.
A proposta acabou barrada na Casa Civil porque as doações são proibidas em ano eleitoral.
Enquanto isso, o recurso para a obra já teve redução. Passou dos R$ 8 milhões previstos para R$ 6,5 milhões, apesar do aumento no custo de mão de obra e de materiais.
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Mau estado
Balneário Camboriú sofre com o mau estado de conservação das delegacias _ especialmente a da Rua Inglaterra. A estrutura está ao lado do antigo presídio, que foi desativado há cinco anos e corre o risco de despencar, além de ter virado um criadouro de pragas.
A Polícia Civil tem recebido constantes notificações da Vigilância Sanitária, que pede uma solução urgente. A prefeitura de Balneário havia se proposto a fazer a demolição, mas com a proximidade do período eleitoral não foi mais possível contratar o serviço.
A Polícia Civil tenta agora derrubar o prédio por conta própria. Enviou orçamentos ao Estado para que, enfim, o trabalho seja autorizado.
Sem CPP
A direção do Instituto Geral de Perícias no Estado não aprovou a ideia de transferir para a Delegacia do Monte Alegre, em Camboriú, o IML de Balneário. A delegada regional Magali Ignácio propunha a troca para conseguir montar a Central de Plantão Policial regionalizada e desafogar o movimento das delegacias.
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Agora, a solução poderá ser a construção de novas salas na Delegacia da Rua Inglaterra para absorver o novo serviço. Mas isso só será possível após a demolição do presídio.