O dia 21 de julho vai marcar o começo de uma nova era, um novo jeito de torcer no Maracanã. Imagens típicas – como torcedores pulando e grandes bandeiras sendo agitadas – estão com os dias contados. O som das charangas das tradicionais torcidas organizadas também vai acabar. O Consórcio Maracanã S/A, novo dono do estádio pelos próximos 35 anos, pretende implantar mudanças radicais.

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Para isso, quer fazer uma campanha de conscientização. Já para o jogo do dia 21 entre Fluminense e Vasco serão proibidos instrumentos musicais e bandeiras com mastro de bambu. O sonho de João Borba, presidente do consórcio, é ver todos sentados nas confortáveis cadeiras durante as partidas. Uma alteração e tanto no hábito do torcedor, já que muitos costumam ficar de pé. Aqui no Rio, as opiniões estão divididas.

– Vale pagar mais caro para ter conforto e segurança – entende o advogado Fernando Silveira, 43 anos.

O estudante Pedro Maciel, 22 anos, discorda da medida:

– Não vai ser a mesma coisa, mas não quero saber, eu vou ficar pulando atrás do gol.

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Para este novo momento, no primeiro jogo entre clubes depois da reabertura do Maracanã, os preços já estão definidos: R$ 100 para os assentos laterais e R$ 220 para o setor Premium, perto do campo. Estes ingressos serão vendidos pelos administradores, que também ficam com o lucro. O Fluminense terá à disposição 43 mil ingressos atrás dos gols, mas ainda não informou os valores. Depois de 63 anos, o Maracanã terá a grande mudança da sua história. Um estádio mais confortável, mas sem a mesma vibração.