O Conselho Tutelar de Balneário Camboriú vai pedir nos próximos dias o acolhimento de uma das crianças que ligaram um trator de esteira na Avenida Brasil, na madrugada de domingo, e causaram danos à via. Conforme o órgão municipal, a razão é que o menino mais novo, de 11 anos, não frequenta a escola e a mãe não o encaminhou aos programas sociais indicados pelo Conselho.

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No fim de semana, o garoto e um amigo, de 12 anos, acionaram o veículo estacionado com um garfo. A máquina atravessou a avenida – uma das mais movimentadas da cidade – e foi parar na calçada, sendo desligada por agentes de trânsito chamados por moradores.

As crianças fugiram do local e foram encontradas algum tempo depois pela Guarda Municipal de Balneário, no Bairro Vila Real. O Conselho Tutelar foi chamado e as mães dos dois meninos receberam advertência.

Aos conselheiros, uma delas afirmou que o filho havia informado que dormiria na casa de um colega. A outra disse que o garoto avisou que iria andar de skate. O caso foi encaminhado à Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, onde foi confeccionado um boletim de ocorrência.

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– Para a criança de 12 anos a Delegacia já pode fazer seus procedimentos internos, e a mãe dele tem um entendimento maior. Já no caso do menino de 11, há negligência da mãe e por isso vamos pedir para que ele vá para o abrigo – explica o conselheiro Lauro Marcos Pipper, que atendeu o chamado do fim de semana.

Histórico

De acordo com Pipper, o garoto de 11 anos já esteve abrigado há cerca de quatro anos, quando a mãe dele foi presa por envolvimento com tráfico de drogas. Após o cumprimento da pena, a Justiça devolveu a guarda, mas o menino continuou exposto a riscos.

Ele não frequenta a escola nem os programas sociais aos quais foi indicado e já teve mais passagens pelo Conselho. A mãe também seria negligente ao não buscar duas cestas básicas a que ela tem direito em razão da baixa renda. O menino de 12 anos também tem passagens anteriores pelo Conselho, mas agora frequenta a escola regularmente.

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Nesta segunda-feira, o conselheiro Lauro começou a reunir os relatórios necessários para protocolar até o fim desta semana, junto à Vara da Infância e Juventude, um pedido de acolhimento para a criança mais nova. A reportagem do Sol Diário tentou contato com as mães dos meninos, mas ninguém foi localizado até a noite desta segunda.