O Conselho Tutelar de Lages, na Serra catarinense, registrou Boletim de Ocorrência por abandono de incapaz. No fim da manhã desta segunda-feira um recém-nascido foi em um banheiro público na cidade. A criança está hospitalizada e passa bem.
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No hospital, a idade do garotinho foi estimada em aproximadamente dois dias. Ele mede 54 centímetros e pesa três quilos. O bebê foi medicado e ficará internado por uma semana até ser levado ao abrigo municipal, onde passará a viver até que o seu destino seja decidido pela Justiça.
A Polícia Civil, que deverá analisar as imagens das câmeras de vigilância monitoradas pela Polícia Militar a fim de descobrir quem são os pais da criança e quem a abandonou. Todo dia, cerca de 18 mil pessoas utilizam os ônibus urbanos de Lages, e a maioria passa pelo terminal.
O Conselho Tutelar também vai comunicar o fato ao Ministério Público e ao Juizado da Infância e da Juventude, que decidirão, caso os pais sejam localizados, pela devolução da criança ou pela destituição do poder familiar, encaminhando o menor à adoção.
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Dentro da sacola
O fato ocorreu ao meio-dia, no terminal urbano de ônibus, localizado no Centro de Lages. Uma mulher, ao utilizar o banheiro do local, encontrou uma sacola e, dentro da embalagem, achou o bebê. Ela acionou o Samu, que imediatamente foi até o terminal na companhia da Polícia Militar.
– Eu empurrei a porta do banheiro e vi que tinha algo, e era uma sacola. Eu achei que alguém poderia ter esquecido e ia entregar para os guardas do terminal, e quando vi que era uma criança, fiquei louca, desesperada. Mas também foi uma alegria eu ter encontrado, se não ela ia morrer lá dentro -, disse, chorando, a aposentada Beatriz Xavier Abreu, de 72 anos, que encontrou o bebê.
A criança estava agasalhada e aparentava estar bem, com bom estado nutricional e sem ferimentos expostos. Mesmo assim, foi aquecida por uma manta térmica, colocada no oxigênio e encaminhada de ambulância ao Hospital Infantil Seara do Bem. Os médicos do Samu estimam que o bebê nasceu há, no máximo, sete dias, uma vez que o cordão umbilical ainda estava úmido. Também acreditam que o parto tenha ocorrido fora de alguma instituição de saúde, já que o mesmo cordão umbilical estava amarrado com um barbante.
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