O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas expressou nesta quinta-feira suas sérias preocupações em relação à “imparcialidade dos juízes e promotores” na Venezuela, na presença do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

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O organismo da ONU afirmou que os casos do líder opositor Leopoldo López, preso em fevereiro de 2014, e o da juíza María Lourdes Afiuni, que obteve em 2013 a liberdade condicional três anos e meio depois de ser detida por um caso de suposta corrupção, sã “ilustrações evidentes” dessa falta de imparcialidade.

“Um bom número de órgãos de direitos humanos da ONU (…) expressaram sérias preocupações sobre a independência do poder judicial na Venezuela, a imparcialidade dos juízes e promotores e as pressões que enfrentam quando se trata de casos politicamente sensíveis”, indicou o Alto Comissário Zeid Ra’ad Al Hussein.

Ele também expressou sua preocupação pela “intimidação, ameaças e ataques a jornalistas, defensores dos direitos humanos e advogados”.

Também considerou muito preocupante a declaração de um amplo estado de exceção em 24 municipalidades, o que suspende várias garantias aos direitos humanos.

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O estado de exceção,m em vigor desde 21 de agosto, é aplicado a várias localidades ao longo da fronteira com a Colômbia, num momento em que os dois países tentam resolver um conflito diplomático em torno e contrabando.

* AFP