O ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado no ano passado após denúncias sobre o seu envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, deve continuar afastado do cargo de procurador de Justiça de Goiás por pelo menos mais 60 dias.
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A decisão é da conselheira Claudia Chagas. A decisão ainda precisa ser referendada pelo plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A conselheira decidiu individualmente porque o prazo final do afastamento do procurador venceria no próximo sábado, e Demóstenes já poderia retomar as atividades no Ministério Público de Goiás [MP-GO] na segunda-feira.
Segundo Cláudia Chagas, a medida preventiva se aplica porque as apurações sobre o caso ainda estão em andamento.
– A presença do requerido no MP-GO, exercendo as atribuições de procurador de Justiça, é inconveniente ao serviço e pode vir a colocar em dúvida a credibilidade da instituição perante a sociedade – disse Cláudia na decisão.
Mesmo afastado, Demóstenes Torres continua recebendo o salário de procurador, de cerca de R$ 24 mil. A próxima sessão do CNMP será no dia 23 de abril.
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