O Conselho Deliberativo do Figueirense vai definir o futuro do clube na noite desta quarta-feira. Uma reunião que promete ser tensa, decidirá pela continuidade ou não da parceria com a Alliance Sports, responsável pela gestão do clube.

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Criada para dar suporte à atual diretoria, a empresa viu crescer uma oposição dentro do Alvinegro, por conta da forma como está conduzindo as ações administrativa e financeira no Orlando Scarpelli.

A crise estremeceu a relação Nestor Lodetti, presidente do Figueirense, e o investidor Wilfredo Brillinger, sócio-proprietário da Alliance. Amigos de infância, ambos estão rompidos e nos bastidores deixaram a situação comparável a um barril de pólvora, prestes a explodir.

Os problemas de gestão vão desde os interesses na contratação de jogadores até projetos futuros como a construção da Arena, passando pela desmandos na demissão de funcionários.

Os personagens desta queda de braço estão bem claros. No time de Wilfredo estão Leonardo Moura, Marcos Moura Teixeira e Rodrigo Brillinger, sócios da Alliance. No time do Lodetti, Renan Dal Zotto, Chico Lins e Eduardo Uram. E os dois lados estão armados. Na base da discussão, o suporte financeiro para tocar o clube.

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A reunião desta noite pode até decretar a saída de Lodetti. Caso ele permaneça, haverá uma reaproximação com o empresário de jogadores Eduardo Uram. Assim, o comando da Alliance deixaria o Scarpelli e os custos com diretores diminuiria.

Lodetti também começa a arquitetar uma parceria com o ex-presidente José Carlos Silva, um dos responsáveis por “limpar a casa” antes de Paulo Prisco Paraíso assumir o comando do clube em 1999.

Se a Alliance ficar, mudanças fortes devem acontecer. A ideia é implementar um gestão mais profissional, segundo Leonardo Moura.

Independentemente de quem vai ficar ou sair os problemas são os mesmos. O clube deve R$ 23 milhões e uma queda para a Série B significaria um corte no orçamento de pelo menos R$ 10 milhões, isso só da cota de tevê. E entre os mais de 80 conselheiros há a convicção de que um novo contrato de gestão deva ser assinado.

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A decisão será tomada à noite na sede do clube. Do lado de fora, torcedores já anunciaram que estarão de vigília esperando pelo resultado.

Caso semelhante ocorreu em 2010

Não é a primeira vez que o Figueirense passa por uma situação que o Conselho Deliberativo tem que decidir o futuro do clube. Em 2010 foi assim. Na época os conselheiros decidiram rescindir o contrato com a Figueirense Participações _ empresa de Paulo Prisco Paraíso. Na época, o presidente Norton Boppré renunciou e Nestor Lodetti foi eleito com mandato até 2014.