A reunião marcada para a noite desta segunda-feira para tratar da falta de segurança na Praia Brava tem como finalidade discutir medidas que possam ser adotadas para reduzir principalmente o número de assaltos na região e os casos de perturbação. Membros da Polícia Militar e da Polícia Civil foram convidados a participar.
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A reunião foi motivada pelo assassinato do surfista Bruno Rossato na madrugada de domingo. Bruno saía de uma festa quando foi assassinado com um tiro na nuca. Ele teria sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte).
Membro do Conselho de Segurança da Praia Brava e postulante ao cargo de presidente da Associação de Moradores, Everton Soares explica que a intenção do encontro é discutir medidas para que haja prevenção. A reunião será ás 19h30 no Art Café da Estrada da Rainha.
Segundo ele, assaltos a estabelecimentos e contra pessoas têm sido frequentes no bairro. O conselho deve solicitar junto à Polícia Militar a possibilidade de instalação de mais câmeras de monitoramento, além, do reforço das rondas. Atualmente há três câmeras para toda a região.
– O que percebemos também é que com a intensificação do trabalho da Guarda Municipal na Praia Central de Balneário Camboriú e o fechamento do Molhe do Atalaia em Itajaí, o pessoal que frequentava esses locais migrou para a Praia Brava e fica com som alto na praia – acrescenta.
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Apesar de ter convidado membros das polícias para participar do encontro, Soares entende que talvez uma solução mais viável tenha que partir dos próprios moradores. Ele levanta a possibilidade de serem instaladas guaritas de segurança privada, cujas despesas seriam pagas pela comunidade, como forma de impedir que novas mortes como a a do surfista ocorram.
– Talvez seja a única maneira de termos um patrulhamento mais frequenta, mas tudo isso será debatido na reunião – diz.
Luiz Gustavo Marchiotto, amigo que morava com Bruno Rossato, participará da reunião. Ele diz que deve pedir a instalação de uma delegacia ou posto policial na região.
A reportagem encontrou em contato com a Polícia Militar, mas não conseguiu contato com o setor de comunicação para saber que medida podem ser adotadas para a região. A secretária de segurança de Itajaí, Susi Bellini, informou que apoia a iniciativa da reunião e pode interceder politicamente de acordo com as definições que forem acertadas. Mas lembrou que a falta de efetivo da PM é algo que dificulta o patrulhamento.
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A morte do surfista está sendo investigada pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Itajaí até que se saiba com certeza se o caso se tratou de assassinato ou latrocínio. Caso fique confirmado ter sido roubo seguido de morte a investigação pode ficar à cargo de outra delegacia.