O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira uma declaração solicitando à Síria que aplique imediatamente o plano de paz proposto pelas Nações Unidas e pela Liga Árabe, formulando uma advertência velada sobre eventuais medidas internacionais.
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Após intensas negociações entre as potências, Rússia e China aprovaram uma proposta redigida pelos países ocidentais pedindo que o presidente sírio, Bashar al-Assad, atue para pôr um fim às hostilidades e por uma transição democrática.
As operações do Exército sírio e os combates entre soldados e desertores causaram nesta quarta-feira a morte de 23 pessoas na Síria, incluindo 15 civis, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Durante a tarde, os confrontos entre integrantes do Exército regular e desertores do Exército Sírio Livre (ESL) foram retomados em Harasta, a 10 quilômetros de Damasco, informaram ativistas dos Comitês Locais de Coordenação (LCC), que apoiam a insurreição. Um militante havia mencionado “violentos combates entre soldados do regime e militares dissidentes”.
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A declaração, com menos peso do que uma resolução formal, dá um forte apoio a Annan e ao plano de seis pontos que pôs sobre a mesa de negociações em Damasco no início deste mês.
O plano de Annan pede que seja estabelecido um cessar-fogo vigiado pela ONU, que o governo retire as tropas e armas pesadas das cidades onde ocorrem os protestos, que seja estabelecida uma pausa humanitária de duas horas diárias nas hostilidades e que o regime conceda acesso a todas as zonas afetadas pelos combates.
A pedido da Rússia, o Conselho de Segurança enviou paralelamente um comunicado à imprensa condenando os bombardeios em Damasco e em Aleppo (a segunda maior cidade síria) no último fim de semana.
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A Síria enfrenta há mais de um ano uma revolta sem precedentes contra o presidente Bashar al-Assad, que a reprime violentamente. Segundo o OSDH, morreram mais de 9 mil pessoas na revolta.