O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou na noite desta segunda-feira o relatório que pede a cassação do mandato do senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM).

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Foram 15 votos a favor e nenhum contrário ao texto do relatório do senador Humberto Costa (PT-PE).

O relatório apresentado por Costa diz que o parlamentar mentiu ao Conselho de Ética sobre a sua relação com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

– É simplesmente inacreditável que o representado, considerados todos esses prolegômenos, venha sustentar que ignorava tudo sobre os “afazeres ocultos” de Cachoeira, que tenha respondido candidamente ao Senador Mário Couto que não sabia que Cachoeira era contraventor – disse.

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E complementou:

– Cachoeira é o verdadeiro anjo da guarda de um senador da República – destacou o relator.

Costa relembra que Demóstenes, durante seu depoimento, disse que não sabia que Cachoeira, investigado pela Polícia Federal, era contraventor.

Ao alegar a participação do senador no esquema de lavagem de dinheiro operado por Cachoeira, Costa relata que Demóstenes agia como um “despachante” de Cachoeira.

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O relator disse ainda que “as atuações na área de construção civil, construção pesada, prestação de serviços urbanos e licenciamento ambiental já estão sendo escrutinadas pela CPI do Cachoeira”.

Costa também apontou o envolvimento de Demóstenes com os negócios de Cachoeira na exploração de jogos de azar e ainda atuado na proteção de Cachoeira. Outro ponto levantado pelo relatório é o de obtenção de vantagens por parte do senador que atuava em nomeações impostas por Cachoeira na administração pública e no Senado.