A possibilidade de venda de mando de campo foi vetada pelo Conselho Deliberativo da Chapecoense em reunião realizada na noite de segunda-feira, no Hotel Bertaso, em Chapecó. A questão entrou em pauta a pedido da direção do clube, que recebeu sondagem de uma empresa interessada em comercializar as partidas contra Corinthians e Flamengo, oferecendo mais de R$ 1 milhão cada jogo.
Continua depois da publicidade
Mesmo com a situação financeira delicada a medida recebeu várias críticas da torcida e a previsão é que não seria mesmo aprovada.
– Nós colocamos para apreciação dos conselheiros pois estava prevista na pauta. Ela foi rejeitada por aclamação e vale para 2019. O Conselho de Administração também apresentou a situação financeira do clube e foram autorizadas operações de crédito caso surja oportunidade – disse o presidente do Conselho Deliberativo, Rudimar Roberto Bortolotto.
Ele afirmou que foram aprovadas mudanças também no número de conselheiros, que podem passar de 200 para até 500, além do aumento da mensalidade, de R$ 200 para R$ 400 a partir de 2020. Quem quiser ser conselheiro também não precisa mais fazer parte de uma chapa, como no ano passado.
– O valor não era reajustado há três anos. Já o aumento do número de conselheiros melhora a representatividade e a arrecadação do clube. O Internacional de mais de cinco mil sócios, o Grêmio tem mais de quatro mil. Além disso tiramos uma cláusula de frequência o que permite que o Consulado de São Miguel do Oeste, por exemplo, tenha uma conselheiro. Ele não precisa vir em todas as reuniões, só nas mais importantes e até poderá votar remotamente. Modernizamos o estatuto – disse Bortolotto.
Continua depois da publicidade
O vice-presidente Administrativo e Financeiro, Paulo Magro, destacou que o clube vai tentar buscar algum investidor que queira fazer empréstimo e tenha como garantir os direitos econômicos de algum jogador.
Ele afirmou que o clube normalizou salários mas que parcelou os direitos de imagem. O motivo foi a queda de receita provocada principalmente pela má fase do time. Com sócios a receita está em R$ 1,5 milhão a menos do que o previsto no ano. Também houve redução de valores com direitos de transmissão internacional e não realização de amistosos. Se continuar no atual cenário o déficit pode chegar a R$ 25 milhões no final do ano.
-Podemos melhorar esse número se vendermos dois jogadores ou gerarmos mais receitas. Mas também pode piorar e chegar a um déficit de R$ 36 milhões caso o time caia para a Série B e não consiga vender nenhum jogador. Mas estamos trabalhando para melhorar esses números – disse Magro.
A vitória por 1 a 0 diante do Avaí, no domingo, já deu uma esperança de melhora no cenário. Caso o time conquiste bons resultados o número de torcedores no estádio e sócios também deve aumentar.
Continua depois da publicidade