Teto mofado, fezes de rato no meio do processo e falta de ventilação. É difícil aguentar pouco tempo na sede do Conselho Tutelar de São José. O calor abafado e o cheiro de mofo atrapalha o pensamento, sufoca. Para as 10 pessoas que trabalham por pelo menos seis horas diariamente na casa localizada na Rua Gaspar Neves, no Centro Histórico, a situação chegou ao limite nesta sexta-feira.

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Após a faxineira decretar que nunca viu tantas fezes de rato na vida, as funcionárias do lugar resolveram decretar a interdição do local. “Atendimento, só em regime de plantão”, avisaram.

Segundo o relato das conselheiras, os ratos caminham pelos cômodos durante o expediente. Tem fezes até no meio da papelada, que é manuseada por funcionários e responsáveis pelas crianças que são atendidas na sede. O calor é tanto que um senhor de 57 anos abandonou o atendimento na manhã desta sexta-feira.

– Não sei como elas aguentam – disse ele, que não pode ser identificado na matéria para preservar a criança.

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A interdição ocorreu após várias tentativas de conseguir apoio da prefeitura. Desratização, ventilador, cadeira e até papel para limpar as mãos são alguns dos pedidos feitos por ofício à Assistência Social. Há pedidos não atendidos de janeiro de 2014.

Por ser uma casa construída no século XVIII, a estrutura está em situação precária, com matéria podre.

Socorro vem na semana que vem

Procurada pela reportagem, a prefeitura informou por nota “que vai instalar ventiladores no Conselho Tutelar Sede e no de Barreiros. A instalação deve ser iniciada já na próxima semana. Também já está prevista a desratização das duas unidades. O serviço também está previsto para ser realizado na próxima semana”.

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Durante as melhorias, o Conselho Tutelar segue atendendo em regime de plantão. A orientação é para que as pessoas procurem a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCAMI).

Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o poder público municipal é responsável por destacar parte do orçamento para o funcionamento do Conselho Tutelar.