Os conselheiros do JEC aprovaram por unanimidade os estudos de viabilidade para a implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no clube. A decisão foi tomada em reunião realizada na noite desta quinta-feira (18). Passada a fase dos estudos, agora o clube caminha para implementar as mudanças, de forma gradual e sem prazo definido, para não queimar etapas. Todos os detalhes dessa nova fase e como serão tomadas as decisões, ainda serão apresentados pelos poderes do clube, em conjunto, em um evento aberto à comunidade a ser confirmado para os próximos dias. 

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Atualmente, assim como a ampla maioria dos times de futebol no Brasil, o Tricolor tem sua economia definida como associação sem fins lucrativos. A criação de uma SAF vai permitir ao JEC se transformar em um clube-empresa, que poderá se abrir para investidores e, dessa forma, equilibrar suas finanças e profissionalizar a gestão.

Essa mudança de natureza da organização do Joinville Esporte Clube é resultado de uma série de estudos que vêm sendo realizados há quatro meses. Uma comissão formada por conselheiros se debruçou sobre o texto da lei que permite a criação da SAF para avaliar as possibilidades de acordo com a realidade do JEC. Além de debater todos os pontos da legislação federal, a comissão ouviu técnicos com conhecimento no assunto e empresas especializadas neste tipo de negócio. Com a criação da SAF, o clube passa a profissionalizar seus setores e consegue aprimorar a governança, garantindo que os recursos sejam aplicados da maneira mais indicada.

PRÓXIMOS PASSOS

Com a aprovação dos estudos de viabilidade, agora o JEC caminha para a segunda etapa, que é implementar a SAF. Essa implementação deve levar tempo e não será um processo rápido. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Darthanhan Oliveira, essa segunda etapa é repleta de ações que demandarão novas análises antes de serem colocadas em prática, por isso o processo é longo e contínuo.

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— Desde adequações estatutárias; a busca por um parceiro de mercado que vai auxiliar na condução deste tema, como modelo de negócio; a busca por captação de investimentos… Os trabalhos continuam — comentou. 

O texto da lei que trata da SAF aponta três opções aos clubes: a conversão completa da associação em sociedade anônima; a separação do departamento de futebol (para investimentos) e a manutenção da associação; ou ainda o início do zero de uma sociedade anônima voltada ao futebol. Ainda não foi divulgado qual é o modelo pretendido pelo Joinville, mas essa definição e o planejamento dentro desse cronograma da implementação, passo a passo, será divulgado nos próximos dias. A mudança de associação sem fins lucrativos para SAF é um projeto do clube e, apesar da comissão que estudou o assunto ser formada por conselheiros, todos os poderes (Conselho Deliberativo; Conselho Fiscal e Diretoria Executiva) estão envolvidos e acompanhando o avanço dos debates.

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