A conquista da temporada 2005 do WCT foi a mais importante da carreira do surfista norte-americano Kelly Slater, que faturou o troféu na terça, dia 8, na Praia da Vila, em Imbituba.
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– Este foi o título que mais significou para mim. Até parece que eu estou em casa – disse Slater, que garantiu o título mesmo desclassificado da etapa brasileira, em entrevista coletiva nesta quarta, dia 9, em Florianópolis.
Com 31 vitórias no WCT, Slater se diz motivado a perseguir recordes que ainda não possui na carreira.
O australiano Mark Richards tem quatro troféus (1979, 1980, 1981 e 1982), e o também norte-americano Tom Curren tem 33 vitórias.
– Fiquei quase um ano sem vencer uma etapa entre 2004 e 2005 e isso pesou muito na hora de decidir o meu futuro. Mesmo depois de ganhar em Teahupoo (no Tahiti, este ano) estava em dúvida. Só em Jeffrey’s Bay (África do Sul) é que senti que poderia voltar a ser campeão – disse Slater, que dedicou o título ao seu pai Steve, vítima de câncer e que faleceu há três anos.
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Segundo o surfista, a relação com o havaiano Andy Irons, seu principal adversário nas últimas três temporadas, é bastante pacífica.
– Eu procuro levar a disputa para dentro da água. O que acontece é que muitas pessoas criam uma guerra psicológica. Sinceramente não sinto isso – disse Slater.
O surfista comentou ainda o fato integrar a partir de agora o seleto grupo de heptacampeões – como o alemão Michael Schumacher (F-1) e o norte-americano Lance Armstrong (ciclismo).
– Quando eu ganhava quase tudo no WCT, entre 1992 e 1998, a maioria dos surfistas achava chato. É sempre bom haver disputas acirradas, como entre o Alonso (Fernando) e o Schumacher (Michael) na Fórmula-1 neste ano. Ter rivalidade e fortes emoções é bom para qualquer esporte – definiu.
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