Toda a história dos eSports no mundo, fez com que o cenário competitivo ganhasse novos ares. É o caso dos eSports universitários. Podemos citar o exemplo de países como os Estados Unidos e alguns europeus, que da mesma maneira que acontece o incentivo em bolsas estudantis para jogadores de futebol americano e basquete, existem atualmente bolsas para jogadores de jogos eletrônicos.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp
A maioria dos times profissionais, enxergam um futuro brilhante em jovens que disputam campeonatos universitários, mesmo já existindo os projetos Academy nas franquias. A NCAA (National Collegiate Athletic Association), oferece dezenas de vagas anualmente a estudantes na NFL, há projetos para a NBA também.
Estados Unidos
A realidade norte-americana com os eSports é diferente da que vivemos aqui no Brasil. O país tem cerca de 164 milhões de jogadores profissionais ou casuais. De acordo com a BGS e o Instituto Datafolha, o Brasil soma aproximadamente 67 milhões. Em virtude desse número de jogadores ativos, desde 2014 os Estados Unidos olham com outros olhos para os jovens jogadores.
A Riot Games, desenvolvedora do League of Legends dispõe de um programa chamado “University Programs”, que em 2014 criou o CLOL (College League of Legends). De uma maneira muito parecida como a NBA, equipes universitárias disputam entre conferências com o objetivo de classificar para o tão esperado CLOL Championship. Esse campeonato, inclui 32 equipes universitárias disputando a premiação de US$ 190 mil. Em 2021, a Winthrop University de Rock Hill Carolina do Sul foi a grande vencedora, que conta com a presença do Suporte brasileiro Kenji Luke “Srkenji” Kaneko.
Continua depois da publicidade

Brasil
No Brasil, a realidade dos esportes eletrônicos em universidades começou logo depois do sucesso norte americano. Ainda que com menos incentivos das universidades, as instituições internas como Centro Acadêmicos e Associações Atléticas, criam os times com as modalidades disponíveis nos campeonatos. Em 2016 os primeiros grandes torneios universitários de eSports começaram a surgir no Brasil.
> Veja mais notícias sobre o mundo dos games
Como citado acima, os Centros Acadêmicos ou as Associação Atléticas dos cursos ou campus, começaram o incentivo da prática dos esportes eletrônicos dentro da universidade. League of Legends, CS:GO, Rainbow Six Siege, FIFA, Clash Royale, Valorant e PUBG Mobile são as modalidades mais disputadas no âmbito universitário.
O TUES (Torneio Universitário de eSports) e a LUE (Liga Universitário de eSports) foram os precursores quando falamos de campeonatos universitários. 4 anos depois e com uma pandemia em andamento, vimos os números desses torneios aumentarem. A UEB League teve mais de 200 atléticas filiadas e quatro torneios durante o ano. Além disso, competições que normalmente eram de caráter presencial como o TUSCA, JOIA e Engenhariadas recorreram para as modalidades de eSports durante a pandemia.
O crescimento foi tão grande, que existem times profissionais que “apadrinham” uma atlética/time universitário. Falkol Storm (UFABC), INTZ A2E (UFF), Rensga Eagles (UFG) são exemplos disso.
Continua depois da publicidade

Atualmente, diversos campeonatos estão premiando as instituições com grandes quantias de dinheiro com objetivo de incentivar ainda mais o eSports Universitário. Foi o caso do Banco do Brasil Game Series: Tamo Junto Nesse Game, teve um total de R$ 22 mil de premiação para cada modalidade que no total o valor chegou em R$ 100 mil.
> Steam Deck é anunciado como mais nova opção no mundo dos consoles portáteis
A tendência é que o cenário competitivo universitário cresça ainda mais. Espera-se um incentivo maior das próprias universidades na prática do esporte eletrônico e das organizações criando campeonatos brasileiros e até sul-americanos.
O Jogos Universitários Brasileiros acontece desde 1935 de maneira presencial com mais de 20 modalidades esportivas. Em 2021, ocorreu o JUBS eSports, onde a fase classificatória on-line ocorreu em março, com mais de mil estudantes e 136 universidades. Foram 46 equipes de League of Legends, 34 equipes de CS:GO e 59 equipes de Free Fire.
> Jogo feito em Florianópolis ganha destaque em premiação internacional de games
Em games individuais foram 82 jogadores de Clash Royale, 134 de Poker e 85 no FIFA. As fases de semifinal e grande final foram realizadas de maneira presencial em Brasília. Seguindo todas as normas sanitárias, o evento foi um sucesso, com todos os jogadores testados com PCR e isolados em hotéis da cidade.
Continua depois da publicidade

Representando o estado de Santa Catarina, a equipe da UFSC TITANS chegou à final da modalidade de CS:GO, e ficou com o vice-campeonato. A equipe na época era composta por Bruno “nollan” de Oliveira, Steve “lester7!” Matos, Gabriel “GAFTE” Deitos, Gabriel “stanckz” Stanck e Aviv “Little Rubber Duck” Branta.
> Joinvilense craque no Fifa explica a diferença entre gamers e ciberatletas
Henrique Rigotti Sabedra, da Udesc, ficou na 2ª colocação do Fifa 21. E por fim, também do estado de Santa Catarina, a Furb eSports ficou com a 3ª colocação no League of Legends.
Leia também:
> Costão do Santinho Resort vai sediar polo de games
> Polo de games começa com curso e terá vagas para diversas especialidades
> Conheça a catarinense que atua como intérprete para gamers com deficiência auditiva