Fechar a boca, manter uma dieta balanceada e praticar atividades físicas formam a melhor receita para perder uns quilinhos de forma saudável. No entanto, quando a pessoa faz a lição de casa e não nota nenhuma redução de peso, pode ser sinal de que outros fatores estão interferindo no emagrecimento – e na saúde.

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De acordo com a ginecologista e obstetra Denise Gomes, distúrbios hormonais, emoções descontroladas e doenças metabólicas como o diabetes são fatores patológicos que influenciam o ganho de peso.

– Uma doença muito frequente é o hipotireoidismo, que ocorre quando a glândula tireoide produz quantidades insuficientes dos seus hormônios T3 e T4. Esse processo deixa o metabolismo mais lento, dificultando o emagrecimento. Para reverter esse quadro, é indicada uma reposição hormonal – explica a médica.

Algumas desordens no organismo podem influenciar no balanço energético e dificultar a perda de peso. Abaixo, a ginecologista revela três delas que comprometem a saúde feminina e não favorecem a perda de peso.

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:: Uso de anticoncepcional

Em algumas mulheres, o uso de anticoncepcional pode predispor à retenção de líquido, o que garante à mulher um pouco de edema e consequentemente favorecer o ganho de peso. O responsável é o hormônio estrógeno, presente em alguns medicamentos. Ele pode levar à retenção de líquido e prejudicar sua eliminação. Além disso, há mulheres que notam inchaço após iniciar a pílula, e isso pode refletir na balança, segundo a médica.

A melhor maneira de driblar o problema é trocar a pílula. O ideal é buscar outra que ofereça menos riscos à saúde e amenize os efeitos colaterais. Denise destaca que novas pílulas disponíveis no mercado têm dosagem menor de estrógeno, sendo que algumas possuem até mesmo hormônio diurético e não causam retenção hídrica.

:: Hormônios descontrolados

Quem sofre com doenças que alteram a produção hormonal, como a Síndrome dos Ovários Policísticos, também apresenta dificuldade para emagrecer. A doença desregula os hormônios e interfere no funcionamento do pâncreas, que produz uma quantidade maior de insulina. Quanto mais o organismo produz insulina, maior a sensação de fome.

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Outro fator que pode desencadear o aumento de peso é o desequilíbrio dos hormônios da hipófise (LH e FSH), ambos são responsáveis pelo controle dos ovários. Essa disfunção pode induzir ao ganho de peso. Portanto, se a paciente notar menstruação desregulada, pele oleosa e aumento excessivo de peso, deve procurar um médico para investigar o problema.

:: Estresse no dia a dia

O estresse regular altera o metabolismo, deixando-o mais lento, o que dificulta o gasto energético. O nervosismo induz ao abuso na hora de se alimentar, como uma medida para satisfazer a tensão.

Além disso, o estresse produz substâncias como cortisol, adrenalina e noradrenalina, que influenciam no acúmulo de gordura corporal. Investir em atividades físicas é uma ótima alternativa, pois os exercícios estimulam a liberação de substâncias que melhoram o humor e o bem-estar.

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