Durante a transmissão da abertura das Olímpiadas de Paris 2024, a ex-ginasta Daiane do Santos cometeu uma gafe ao se referir a linguagem de sinais como universal, no momento em que a comunidade surda da França foi homenageada. Daiane se desculpou pelo ocorrido, já que ela se referia a Libras, que é a língua gestual brasileira. Assim como o Brasil, cada povo desenvolveu a sua própria língua de sinais. Confira quais são.
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O que é a língua de sinais
Também conhecida como língua gestual, é um sistema de comunicação visual que utiliza movimentos das mãos, expressões faciais e corporais para transmitir informações. É uma língua completa, com sua própria gramática, fonologia, morfologia, sintaxe e semântica, assim como qualquer língua oral.
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Porque não é universal?
A língua de sinais não é universal porque cada país e região desenvolve sua própria língua, refletindo suas características linguísticas, culturais e sociais únicas. Assim como as faladas, as de sinais evoluem de acordo com as necessidades e contextos das comunidades que as utilizam.
Conheça as línguas de sinais
Libras (Língua Brasileira de Sinais)
A Libras, ou Língua Brasileira de Sinais, é a utilizada pela comunidade surda no Brasil. Aproximadamente 10 milhões de pessoas utilizam a Libras como recurso de comunicação no país. Destas, cerca de 2,7 milhões são surdas. Além disso, desde 20220, a Libras foi reconhecida como a segunda língua oficial do Brasil.
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LSF (Langue des Signes Française)
A Langue des Signes Française é a língua gestual usada pela comunidade surda na França. Desenvolvida no século XVIII, a LSF é uma língua visual-gestual com uma rica história e uma gramática complexa. É amplamente utilizada na França e em regiões francófonas da Suíça.
LGP (Língua Gestual Portuguesa)
A Língua Gestual Portuguesa é a língua de sinais usada pela comunidade surda em Portugal. Reconhecida oficialmente na Constituição da República Portuguesa em 1997, a LGP é uma língua visual gestual com sua própria gramática e estrutura linguística. É utilizada por cerca de 30.000 pessoas surdas em Portugal, além de familiares e profissionais envolvidos na educação e apoio à comunidade surda.
SLN (Sign Language of Netherlands)
A Sign Language of the Netherlands, também conhecida como Nederlandse Gebarentaal (NGT), é a principal língua gestual usada pela comunidade surda nos Países Baixos. Embora compartilhe raízes históricas com a Língua de Sinais Francesa Antiga, a SLN evoluiu de forma independente e possui suas próprias características linguísticas.
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ASL (American Sign Language)
A American Sign Language é a língua de sinais predominante nas comunidades surdas dos Estados Unidos e de grande parte do Canadá anglófono. Originada no início do século XIX, a ASL tem uma gramática distinta do inglês e é amplamente utilizada tanto por surdos quanto por ouvintes que aprendem a língua como segunda língua.
LSA (Lengua de Señas Argentina)
A Lengua de Señas Argentina é a língua gestual usada pela comunidade surda na Argentina. Reconhecida como parte do patrimônio cultural e linguístico do país, a LSA possui uma gramática própria e é ensinada por professores surdos, promovendo a inclusão e a comunicação eficaz dentro da comunidade.
BSL (British Sign Language)
A British Sign Language é a língua de sinais usada pela comunidade surda no Reino Unido. Com uma gramática e estrutura próprias, a BSL é distinta do inglês falado e é amplamente utilizada em todo o país. A BSL foi oficialmente reconhecida como uma língua independente pelo governo britânico em 2003.
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LSCH (Lengua de Señas Chilena)
A Lengua de Señas Chilena é a língua gestual usada pela comunidade surda no Chile. Reconhecida legalmente como meio de comunicação natural da comunidade surda, a LSCH possui uma gramática própria e é fundamental para a inclusão social e educacional das pessoas surdas no país.
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