De janeiro a maio deste ano foram registrados 152 golpes nos bairros da região Central de Joinville. As situações contadas pelos criminosos são as mais variadas e muitas vezes envolvem apelos emocionais para enganar e tirar vantagens indevidas de outra pessoa. Segundo o delegado Luis Felipe Fuentes, da 3ª Delegacia de Polícia (DP) da cidade, pelo menos 20 tipos diferentes de golpes foram aplicados contra a população neste ano.

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Joinville registra 152 casos de golpes nos bairros da região Central em 2018

Confira os golpes mais comuns registrados:

GOLPE DO CARTÃO

– Como agem os criminosos: entram em contato por telefone, fazem perguntas “você sacou dinheiro em SP” ou “você fez compras tal dia em SP?”. Quando a pessoa responde que não, os criminosos informam que o cartão bancário dela foi clonado. Normalmente, possuem os dados da vítima. Dizem que um funcionário da operadora do cartão vai até a residência da vítima do cartão clonado. Assim que ela entrega o documento, eles então começam saques e compras.

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GOLPE DO FALSO ANÚNCIO EM REDE SOCIAL

– Como agem os criminosos: postam anúncios em redes sociais oferecendo produtos como roupas, eletrônicos e outros. Após receberem o pagamento, não entregam qualquer produto e passam a usar outro perfil para enganar outras vítimas.

GOLPE DA AJUDA OU CAMPANHA EM REDE SOCIAL

– Como agem os criminosos: de alguma forma entram na rede social de uma pessoa e passam e pedir dinheiro ou fazer alguma campanha em nome dessa pessoa. O objetivo é enganar os amigos virtuais, os quais depositam valores acreditando estar ajudando.

GOLPE DO CHUTE

– Como agem os criminosos: eles se dizem funcionários de alfândega ou outro órgão de fiscalização e que têm máquinas, tratores ou outro bem de grande valor e podem conseguir a liberação e venda por valores como a metade do preço. Dizem que as vítimas têm que levar o valor em espécie e quando se encontram como a vítima, roubam esse valor.

GOLPE DO ALUGUEL DE IMÓVEIS NA PRAIA OU FESTAS REGIONAIS

– Como agem os criminosos: anunciam, por redes sociais ou aplicativos, apartamentos ou casas para alugar em cidades litorâneas ou onde ocorrem festas. Os criminosos recebem o valor da entrada ou o total do aluguel e depois somem. As vítimas chegam ao imóvel que alugaram e descobrem que não ele existe ou há alguém morando no apartamento e que nunca o anunciou para locação.

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GOLPE DO ACIDENTE DE TRÂNSITO

– Como agem os criminosos: telefonam para a vítima e informam que um familiar (neto, primo, filho) sofreu acidente de trânsito em alguma rodovia e pedem valores sob o pretexto de despesas médicas ou guincho. Se a vítima deposita, pouco depois tentam obter mais valores. Normalmente as contas bancárias informadas pelos estelionatários são de agências de outros estados, como MT, GO, DF, BA, SP.

GOLPE DO FALSO MÉDICO

– Como agem os criminosos: criam perfis em redes sociais e iniciam conversas com mulheres da região, contando histórias de sucesso e postando fotos falsas para iludir a vítima. Quando a vítima se mostra propensa a receber o criminoso, este marca encontro na casa da vítima ou em algum lugar da cidade. Podem pedir valores em dinheiro, objetos de presente ou furtam objetos da casa da vítima.

GOLPE DA COMPRA DE PRODUTOS EM SITES

– Como agem os criminosos: eles localizam anúncios de pessoas vendendo produtos de alto valor, mas de pouco tamanho (telefones celulares, notebooks, relógios caros etc.) em sites de vendas de produtos. Eles fazem um depósito falso e encaminham o comprovante, contando alguma história para pedir urgência à vítima e ela encaminha o produto. Nos dias seguintes, descobre que o pagamento era falso e não o recupera.

GOLPE DA FALSA AÇÃO JUDICIAL

– Como agem os criminosos: enviam mensagem ou telefonam para a vítima e informam que ela tem dinheiro a receber de uma ação judicial coletiva, e para receber os valores a vítima tem que depositar um determinado valor ou percentual do total.

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GOLPE DO FALSO AGENCIADOR DE MODELOS

– Como agem os criminosos: abordam jovens –homens e mulheres – e se apresentam como caçadores de talentos, fotógrafos ou donos de agência de modelos e prometem contratos e benefícios. Alguns levam a vítima para estúdios fotográficos e até viagens, pedindo valores a título de taxas, inscrição, custos, passagens e outras. Depois, as vítimas descobrem que não havia nada do prometido.

GOLPE DO FALSO BOLETO

– Como agem os criminosos: enviam boletos falsos para as vítimas, algumas vezes em substituição a boletos verdadeiros, dizendo que recalcularam o valor e informam um preço um pouco inferior. A pessoa se apressa para pagar a quantia menor e acaba pagando um boleto falso. Os valores vão para pessoas (laranjas) em outros Estados.

GOLPE DO FALSO DEPÓSITO ENGANADO

– Como agem os criminosos: entram em contato com pessoas ou empresas e dizem que, por erro de digitação, fizeram depósito de valores por engano na conta da vítima. Mencionam alguma história triste ou de urgência para fazer a vítima “estornar” o valor no mesmo dia. No dia seguinte, a pessoa descobre que o depósito era falso.

GOLPE EM REDE SOCIAL PROFISSIONAL

– Como agem os criminosos: entram em contato com a vítima e elogiam o currículo no site e dizem que alguma empresa em país estrangeiro quer contratar o profissional. Eles pedem valores para o pagamento de taxas, visto de trabalho ou outras despesas. A solicitação do dinheiro é em real, euro ou dólar.

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GOLPE DO FALSO MILITAR AMERICANO

– Como agem os criminosos: os golpistas fazem o contato com a vítima por sites de relacionamento ou redes sociais, informando serem soldados americanos em missão. Após o primeiro contato, começam um relacionamento por mensagens instantâneas e telefone. Assim, os criminosos tentam manipular e pedir dinheiro usando o sentimento cultivado na vítima como “facilitador”.

GOLPE DO FALSO SEQUESTRO

– Como agem os criminosos: por telefone, os golpistas fingem que estão sequestrando alguém da família da vítima, solicitando que seja feito o depósito com o dinheiro do resgate.

PARA PREVENIR:

Antes de fazer qualquer depósito, verificar na internet onde se localiza a agência bancária informada. A pesquisa pode ser realizada nos sites dos respectivos bancos ou no site google, digitando o número da agência e o nome do banco;

Geralmente, a vítima é que é procurada pelo criminoso oferecendo dinheiro, ofertas ou serviços, quando, na verdade, deveria ser ao contrário;

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Fazer o máximo de perguntas ao criminoso, com a intenção de desvendá-lo. Em casos de falso sequestro, por exemplo, pedir para o sequestrador ao “sequestrado” algo que só os dois saibam;

Desconfiar de fotos enviadas pela pessoa, demonstrando uma situação real. Muitas vezes a imagem é facilmente encontrada em sites de busca;

Solicitações de depósitos, transferências ou pagamentos antes da prestação do serviço ou venda, bem como confirmar com o banco qualquer valor depositado ou sobre bloqueio de contas ou cartões;

Nunca fornecer dados pessoais por telefone;

Pesquisar a localização de agência bancária fornecida para depósitos, caso ela não seja a mesma do local em que reside, desconfie;

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Pesquisar a procedência e avaliações de lojas virtuais ou fornecedores antes de efetuar qualquer compra;

Nos golpes que envolvem familiares, procure conseguir o nome de quem ligou. Nunca forneça nomes de parentes ou informações que possam ajudar os criminosos a identificar pessoas da família. Na dúvida, desligue e ligue para o familiar supostamente envolvido.