Os mais de três séculos de Florianópolis, com referência às memórias de Santa Catarina e do Brasil, podem ser conhecidos a fundo em uma trilha de visitação nos diversos espaços disponíveis na capital catarinense. Essa “viagem pela história” está presente, na maior parte, com mostras e exposições gratuitas, que contam, com imagens, artefatos, objetos, livros, documentos e outras obras. Além disso, traz também um pouco da experiência de figuras emblemáticas, artistas, combates e reviravoltas geográficas.

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Em alusão ao aniversário do município, que tal desbravar museus localizados na capital, onde é possível revisitar os registros históricos, as lendas, folclores e trabalhos dedicados que deixaram marcas do passado para o futuro que virá.

Revisitar a história: Um giro pelos museus da capital catarinense

Museu Histórico de Santa Catarina

O prédio do Palácio Cruz e Sousa, com nome em homenagem ao poeta catarinense de mesmo nome, foi criado em meados do século dezoito para ser a nova “Casa de Governo“. Após diversas modificações, pinturas e outras restaurações, a estrutura é tombada com espaços para guardar e apresentar a diversidade cultural dos catarinenses.

Forte Sant’Anna e Museu de Armas

O Forte de Santana foi construído no século dezoito com objetivos militares de segurança, com proteção reforçada. Após diversos usos, reformas e restaurações, abriga o Museu de Armas da Polícia Militar de Santa Catarina. A localização é na Avenida Beira Mar Norte, próximo à cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz.

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Forte Sant’Anna e Museu de armas (Foto: Charles Guerra)

Casa da Literatura Catarinense Poeta Cruz e Sousa

A estrutura é palco para lançamentos de livros e sessões de autógrafos, além de disponibilizar obras de escritores catarinenses para leitura dentro do local. A unidade fica no centro da capital catarinense, na Praça XV de novembro, 270.

Casa da Literatura Catarinense Poeta Cruz e Sousa (Foto: Divulgação)

Museu Victor Meirelles

Instalado em Florianópolis no imóvel onde nasceu o pintor, o museu fica na rua também denominada Victor Meirelles, no centro da capital. O espaço contempla não somente as coleções da casa do artista, mas proporciona um ambiente multicultural de abordagem contemporânea, com exposições temporárias e de longa duração.

Museu Victor Meirelles (Foto: Cristiano Estrela)

Museu de Arte de Santa Catarina

Criado como Museu de Arte Moderna de Florianópolis, fica no Centro Integrado de Cultura (CIC). A unidade iniciou com 20 obras, mas o acervo foi crescendo devido a doações de artistas, empresas e colecionadores, além das aquisições realizadas. Hoje, conta com mais de duas mil obras, mas o museu está fechado temporariamente.

Museu de Arte de Santa Catarina (Foto: Ricardo Wolffenbüttel)

Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina

Também no CIC, o museu visa preservar, documentar, pesquisar e apresentar acervos audiovisuais de importância regional e nacional, reunindo em um único espaço as peças audiovisuais pertencentes ao estado catarinense.

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Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (Foto: Divulgação)

Ecomuseu do Ribeirão da Ilha

Nesse museu, localizado na Rodovia Baldicero Filomeno, é possível conhecer a história da Ilha de Santa Catarina e de como viveram os colonizadores açorianos que vieram à Nossa Senhora do Desterro no século dezenove por meio de objetos e artefatos.

Ecomuseu Ribeirão da Ilha (Foto: Divulgação)

Promoção e incentivo à cultura 

Com 350 anos de fundação formal, mas um período muito maior de história e cultura, tornar a sociedade capaz de conhecer melhor e valorizar o patrimônio histórico catarinense ainda é um desafio. Os sambaquis, fortes, fortalezas, engenhos e museus são apenas uma parte de tudo o que a capital viveu e permitiu experienciar por aqui.

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A produtora cultural Eveline Orth, da Orth Produções, acredita que houve uma forte evolução em relação ao Centro Histórico, mas o município ainda pode mais. A produtora avalia que Floripa conta com bons equipamentos públicos para atender a demanda do setor cultural, mas pondera que, devido ao crescimento da cidade, seriam necessárias estruturas com maior número de lugares, para atender espetáculos de maior demanda, no caso de eventos.

— A gente tem exemplos no Brasil muito bem sucedidos como destino cultural. Há cidades que não possuem a beleza natural que a nossa tem – que por si só já se vende, e que conseguem uma agenda cultural muito consistente. Isso, aliada a uma divulgação conjunta entre as secretarias, fundações e agências.

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Já a professora Ana Lúcia Coutinho, Doutora em Antropologia de IberoAmérica/USAL e pesquisadora do patrimônio cultural catarinense, avalia que há potencial para investir mais e posicionar a cultura da capital em patamar de outras cidades brasileiras e internacionais.

— Sempre temos que ter inovação, para atrair mais turistas e com qualidade. O que pode ser feito é a gente valorizar cada vez mais o que se tem em relação à cultura popular ou cultura erudita, o que for, um olhar comprometido. A cultura é um dos pilares de sustentação do desenvolvimento local.

Acesse o canal Floripa Faz Bem no portal do Nsc Total.

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