No passado, a Coreia do Norte deteve americanos, jornalistas e missionários que foram, em sua maioria, libertados após a intervenção de personalidades.

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O presidente americano, Donald Trump, pediu na quarta-feira (2) que se mantenha a expectativa no caso dos três cidadãos dos Estados Unidos detidos por Pyongyang, despertando a esperança de que sejam libertados antes de sua cúpula prevista com o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

No entanto, ainda não se sabe o que acontecerá nesses casos.

Veja a seguir como foram as libertações anteriores:

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– Ex-presidentes –

O ex-presidente Bill Clinton viajou para Pyongyang em 2009 a fim de obter a libertação das jornalistas Laura Ling e Euna Lee, condenadas a 12 anos de trabalhos forçados por cruzarem a fronteira ilegalmente.

Em 2010, o ex-presidente Jimmy Carter conseguiu pessoalmente a libertação de Aijalon Mahli Gomes, condenado a oito anos de internação pela mesma razão.

Tanto Clinton como Carter se reuniram com o então líder norte-coreano, Kim Jong Il. Nos dois casos, Pyongyang teve boas chances de propaganda, mas nada concreto em termos de diplomacia.

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A agência de notícias oficial norte-coreana KCNA havia informado que Clinton teve uma “conversa exaustiva” com Kim e transmitiu a ele uma mensagem do então presidente, Barack Obama.

Washington havia assegurado que Clinton viajou à Coreia do Norte a título privado e foi autorizado somente a negociar a libertação de cidadãos americanos.

– Chefe da Inteligência –

Em 2014, Kenneth Bae e Matthew Miller foram libertados depois de uma missão secreta do chefe de Inteligência americano da época, James Clapper.

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Clapper passou menos de um dia em Pyongyang, onde se reuniu com responsáveis de alto escalão, mas não com Kim Jong Un. Deixou o país junto com os dois americanos.

Contou ao canal CBS que levava com ele uma pequena carta de Obama apresentando-o como seu enviado. Mas a missão concernia unicamente o caso dos dois detidos, disse então.

Revelou que os norte-coreanos pareciam decepcionados de que tivesse ido com as mãos vazias, sem detalhar o que Pyongyang esperava dele.

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– Congressistas –

Em 1996, Bill Richardson voltou do Norte com Evan Hunziker. O americano havia cruzado a nado, nu e embriagado o rio Yali, na fronteira entre China e Coreia do Norte, onde foi acusado de espionagem.

Richardson viajou ao país a título privado, mas esteve acompanhado por responsáveis americanos.

Em um primeiro momento, os norte-coreanos haviam pedido 100 mil dólares para compensar a entrada ilegal do americano no país, para depois aceitarem a sua libertação em troca do pagamento da fatura de hotel, no valor de 5.000 dólares.

Menos de um mês depois de seu retorno, Hunziker se suicidou.

– Diplomatas –

O estudante Otto Warmbier foi libertado em 2017 depois de uma missão secreta de Joseph Yun, ex-representante especial para a Coreia do Norte do Departamento de Estado.

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A viagem esteve precedida de múltiplos contatos diplomáticos, com o pano de fundo das trocas cada vez mais belicosas entre Trump e Kim.

Mas após 18 meses de cativeiro, o jovem de 22 anos foi repatriado em coma e faleceu uma semana depois.

Washington condenou Pyongyang, e Trump acusou os norte-coreanos de maus-tratos contra o estudante.

Depois desta libertação, Washington decidiu proibir seus cidadãos de viajar à Coreia do Norte e voltou a incluir o país na lista de países que apoiam o terrorismo.

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* AFP