Decidimos ficar em Bruxelas por apenas três dias, o que seria suficiente para descansar, depois de uma semana intensa em Paris e recuperar o fôlego para curtir Amsterdã na sequência.
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Meu namorado, parceiro de viagem, sugeriu que aproveitássemos a breve estada na capital belga para visitar uma pequena cidade medieval a uma hora de trem de Bruxelas, Bruges. Eu nunca havia ouvido falar nela, mas quando ele me apresentou um guia com algumas imagens da cidade, aceitei sem titubear, porque ela se mostrava muito diferente do que eu tinha visto na viagem até então.
Na manhã da terça-feira, após um caprichado café da manhã com geleias, pães, iogurtes e doces, todos produtos típicos da Bélgica – como a dona do pequeno e aconchegante hotel gostava de frisar – fomos até a estação Bruxelas Central e embarcamos no trem rumo a Bruges.
>>>Confira mais imagens da cidade de Bruges, na Bélgica<<<
Após uns 40 minutos de viagem, a reservada senhora que ocupava o assento à nossa frente, percebendo que éramos turistas (acho que os mapas, guias e câmara fotográfica nos denunciaram), nos perguntou para onde estávamos indo. Ela sorriu orgulhosa quando dissemos que íamos conhecer Bruges. A tal senhora, que se mostrou depois mais simpática do que reservada, nos contou que a cidade era conhecida como a Veneza do Norte, por causa dos seus antigos canais medievais e que, certamente, havíamos acertado na escolha!
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Uma hora de viagem, nem um minuto a mais ou a menos, e chegamos ao nosso destino. Cabe dizer que quando saímos de Bruxelas o dia estava nublado e frio, clima bem diferente do que encontramos em Bruges: sol, céu azul e até um calorzinho. Acertamos em cheio!
Assim que saímos da estação e atravessamos a avenida, avistamos o primeiro canal. Tive a sensação de voltar no tempo. Em seguida, já estávamos andando pelas ruelas de pedra, admirando as casas com floreiras bem cuidadas, as igrejas com suas imensas torres – tudo em pedra – e mais canais. Ah, os canais, impossível não se encantar com eles, que recortam todo o centro da cidade e são adornados por cisnes branquinhos que disputam o espaço com barcos repletos de turistas.
Eu me senti como uma criança que vai pela primeira vez a um parque de diversões. Tudo encantava! A cidade é muito charmosa e a grande vantagem é que como o centro da cidade é pequeno, você faz todo o trajeto a pé mesmo e um dia é mais que suficiente para conhecer tudo.
Embora haja diversos pontos turísticos a serem visitados, somente andar pelas ruelas estreitas já rende muitos suspiros e fotos. Aliás, acho que este é o diferencial de Bruges. O ponto negativo do passeio – sempre tem que ter um – é o excesso de turistas por todas as partes. E isso que não estávamos na alta temporada, que é em julho e agosto. De qualquer forma, há muitas opções em restaurantes, bares e lojinhas de artesanato.
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Estava anoitecendo quando deixamos Bruges para voltar a Bruxelas. Havíamos caminhado o dia inteiro e já estávamos cansados, mas muito felizes e satisfeitos por termos apostado em Bruges. Conforme íamos nos afastando da cidade, tínhamos a sensação de estar voltando, voltando aos tempos atuais.
A seção Leitor pelo Mundo é produzida por meio de colaborações de leitores que querem compartilhar dicas e sensações de viagens. Participe pelo e-mail viagem@santa.com.br ou ligue para 3221-1528.