Representantes de Santa Catarina no pódio olímpico. Um sonho possível pelas novas modalidades que estarão no programa dos jogos em Tóquio, em 2020. As Olimpíadas na capital do Japão vão contar com cinco novos esportes: beisebol/softbol, caratê, escalada, skate e surfe. Das cinco, em três é latente a possibilidade de atletas catarinenses na disputa e também para conquistarem medalhas. Entre estes está o carateca Douglas Brose, nas primeiras colocações do ranking mundial de sua categoria e que vai começar a corrida pelo sonho em outubro.
Continua depois da publicidade
Natural de Cruz Alta (RS) e morador de Florianópolis desde criança, quando os filmes da franquia Karate Kid fizeram brotar o interesse pela modalidade, Brose já vive a expectativa de estar em Tóquio, ainda que tenha de garantir lugar entre os dois melhores do mundo pelo ranking na categoria kumitê até 60 quilos – está em terceiro atualmente — para não depender de evento seletivo. Ele está na reta final de recuperação de cirurgia de tendão do tornozelo e na cidade-sede das Olímpiadas daqui mais de dois meses disputa a primeira das mais de 20 etapas que valem pontos para o ranking mundial.
Ainda que a caminhada até Tóquio não tenha sido iniciada para valer, o maior nome do caratê nacional viu a modalidade mudar desde o anúncio em dezembro de 2016. Ele passou a contar com maior suporte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para disputar as principais competições pelo mundo e a esquentar o sonho que nasceu no instante em que foi informado da inclusão do caratê nas Olimpíadas.
– Quando soube, chorei me imaginando em um pódio olímpico. Uma coisa é estar em um campeonato mundial de caratê, em que estão os melhores do mundo da modalidade. Outra é estar na Vila Olímpica, entre todos os melhores do mundo de todas as modalidades. Mas minha ideia não é simplesmente ir, estar por estar. Sem arrogância alguma, vou lá para ganhar, para buscar o pódio, trazer medalha. O objetivo é entrar para a história – conta o atleta de 32 anos.
Continua depois da publicidade
Além de Brose no caratê, Santa Catarina pode estar representada, inclusive no pódio, com atletas do surfe e do skate. Sobre as ondas, no momento, os três melhores catarinenses do ranking da WSL são Willian Cardoso (7º), Michael Rodrigues (11º) e Adriano de Souza, o Mineirinho (16º), nascido em São Paulo e há anos no litoral catarinense. Sobre as rodinhas, os nomes praticamente certos em Tóquio são Pedro Barros e Yndiara Asp, ambos da categoria park.
Os atletas com mais chances
A inclusão de novas modalidades no programa olímpico aumenta a chance de atletas nascidos ou radicados em Santa Catarina de irem para Tóquio, em 2020.
Além dos cinco esportes, haverá também, dentro do basquete, a disputa do torneio de 3 x 3, em que André Santos, de Concórdia, integra a seleção.
Continua depois da publicidade
BEISEBOL/SOFTBOL
Sem tradição, tanto no masculino quanto no feminino, dificilmente o Brasil estará na disputa. São apenas seis seleções por competição.
CARATÊ
Douglas Brose (kumitê até 60kg)
São 80 atletas ao todo (60 na categoria kumitê e 20 na kata – modo de exibição).
ESCALADA
Não há perspectiva de atletas de Santa Catarina. Serão 20 atletas no masculino e 20 no feminino.
SKATE
Pedro Barros (Park)
Yndiara Asp (Park)
Isadora Pacheco (Park)
São duas modalidades, a park e a street, cada uma com competições com 20 atletas no masculino e 20 no feminino.
SURFE
Yago Dora
Tomas Hermes
Willian Cardoso
Ian Gouveia (nascido em Recife)
Michael Rodrigues
Adriano de Souza (nascido no Guarujá)
São 20 atletas no masculino e outros 20
no feminino.
Confira mais notícias do esporte em Santa Catarina