Já imaginou estar caminhando pelas ruas de Criciúma, mas não fazer ideia de que pode passar na frente da casa de uma pessoa que tem ligação muito forte com o país onde está acontecendo a Copa do Mundo?
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Luiz Gonzaga Milioli é o nome dele. A relação do criciumense com o Catar começou em 1998. Antes disso, ele se tornou um técnico de futebol respeitado em Santa Catarina. Foi campeão Catarinense na década de 1990 com Avaí e Criciúma e o nome dele figurava na lista dos favoritos quando um clube catarinense precisava de técnico. Até que veio o convite para do mundo Árabe.
— Eu estava conversando pra ir pro clube lá no Catar, o Al Rayan, só que nesse meio aí o treinador da seleção do Catar saiu. Não foi nem demitido, ele que quis sair. Era o Zé Mario. E aí o empresário conseguiu me encaixar no lugar dele — conta.
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Assim que chegou no país que hoje recebe a Copa do Mundo, Milioli tomou um susto.
— Na hora que eu desci, eu já fiquei apavorado com a temperatura. Perguntei lá e disseram que estava 56 graus. Aí eu já pensei: “não vai ser fácil ficar aqui” — lembra o treinador.
Não foi fácil, mas Miloli ficou. Ele passou um ano no comando da seleção do Catar e na época nem imaginava que o país pudesse ser sede de uma Copa. As mudanças fora das quatro linhas não se refletiram na Seleção catari, apesar das tentativas de Milioli de dar uma cara brasileira para o time em 1998.
— Logo que eu fiz o primeiro treino eu observei muitas cicatrizes… Joelho, tornozelo…. e eu comecei a notar que eles davam muito carrinho, voadora, aí eu comecei a botar o meu sistema, toque de bola, de aproximação e repetição. Daí começou a aparecer uns dois jogadores bons tecnicamente, com uma boa técnica e habilidade — destaca o catarinense.
Hoje Miloli treina um time de futebol amador, mas já foi técnico do Catar e tentou deixar por lá um pouco do DNA catarinense.
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