Quando a inclusão social se estabelece mutuamente, as diferenças se dissolvem entre brincadeiras, curiosidades e respeito. Em uma hora de atividade, na Escola de Ensino Médio Vereador Oscar Manoel Conceição, a profissional de educação física Suely Araripe busca derrubar as barreiras entre as pessoas com deficiência e sem deficiência e mostra que é simples criar inclusão social quando todos se encontram por aquilo que temos em comum. Após a interação, não se distingue mais quem é o incluído ou quem abraçou o diferente.

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– O maior desafio é incluir o “normal”. O deficiente precisa sim de acessibilidade e recursos para chegar. Mas acessibilidade humana, parceria, é algo que todos precisamos. – explica Suely.

Suely trabalha com um método que ela chama de Toque Humanizando Vidas e ministra palestras em empresas e escolas com atividades ligadas a projetos educacionais e esportivos, todos envolvendo a inclusão social. Uma semana antes da atividade na escola, foram realizadas palestras quando foram apresentados tópicos sobre o processo e os alunos foram instigados a tomarem frente das atitudes.

– Existe um termo nesse processo que é muito importante: tome posse do que é seu. Todos temos necessidades, vontades, sonhos e desejos de crescer e mudar algo. Nesse ponto todos nos encontramos e o exemplo de um puxa o outro. Por que eu não tomo posse disso e vou em frente? Se um pode, por que eu também não? – incentiva Suely.

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O resultado é o engajamento da turma e um sentido de coletividade, independente das diferenças e afinado com as coisas em comum.

– Eles mesmo disseram que a coragem de encarar os desafios é parte boa que a deficiência gerou neles. Essa qualidade é algo que vale para qualquer um, para mim também. De encarar o que vem pela frente e chegar onde quero – conta Marcos Batista, aluno do 3º ano.