As oportunidades de emprego em processos seletivos e concursos públicos têm levado os interessados a dedicar cada vez mais tempo para a preparação. Cada concurso tem seus conteúdos e provas específicas, mas há capacidades que os candidatos precisarão desenvolver, como a memória para guardar tanta informação.
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– A expectativa das pessoas é daquela memória de decorar listas, por exemplo. Só que esse tipo de memória não é necessária em 99% dos conteúdos. Não se cobra, por exemplo, a citação de um artigo. Mas é uma parte indispensável do estudo para se fixar o sentido do que se aprendeu a aplicar nas provas – explica o escritor, palestrante e professor Fernando Mesquita.
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O especialista reforça outra orientação aos candidatos: ler não é estudar. Estudo é processar as informações: ler, entender o que foi lido, fechar o livro e escrever o que se entendeu com as próprias palavras.
Confira oito passos para ir bem em concursos
1. DEFINA A ÁREA
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– Decida se você quer seguir uma carreira na área de formação ou quer procurar novas opções.
– Para a maioria, as alternativas são os cargos de formação geral, administrativos, de áreas de controle e outros que não exigem formação específica.
– Conheça, pelo menos, a essência de cada área para entender por que é interessante escolher uma área, não necessariamente um cargo específico.
2. ESCOLHA OS MATERIAIS
– É preciso ter as ferramentas certas: livros, aulas presenciais, apostilas em PDF, videoaulas e questões (objetivas e discursivas).
– Para descobrir o que mais se ajusta ao seu caso, será preciso experimentar cada um e ver do que se gosta mais.
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– A avaliação final dos materiais é do aluno. O que vai determinar o sucesso é a afinidade com o material e a capacidade de se adaptar a ele.
– Um bom aluno consegue superar um material ruim, mas nenhum material será bom o suficiente para um candidato fraco que não procure melhorar.
3. ESTUDO ATIVO
– Estudo ativo não é somente ler o material de estudo com atenção. É preciso processar as informações que se estuda.
– A melhor estratégia para processar os conteúdos estudados é ler, entender o que foi dito, fechar o livro e escrever o que se entendeu com as próprias palavras.
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– Quando se faz um resumo com o livro aberto ao lado, simplesmente copiando, não há processamento da informação, apenas cópia.
4. ACHE TEMPO PARA ESTUDAR
– Aproveite cada minuto escondido no dia. Há muitos deles (transporte, esperas em filas, intervalos de reuniões e mesmo as sobras do horário do almoço).
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– Evite esperar para começar o estudo sempre na hora certa, como 11h, 12h, 13h. Cada minuto é importante.
– Áudio de aulas ajuda muito quem tem pouco tempo ou tem outras atividades (como cozinhar, arrumar a casa, cuidar de crianças).
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– Experimente acordar mais cedo e dormir mais cedo. De madrugada, antes do dia começar, tudo é mais calmo. Com o tempo, fica mais fácil administrar o sono.
5. MEMÓRIA SE CONQUISTA
– Para a maioria dos concursos, não são necessárias técnicas de memorização literal de textos e números.
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– Claro que a memória é importante, mas dificilmente uma questão vai pedir a citação de um artigo, por exemplo. O que a questão vai exigir é a compreensão do sentido do conteúdo.
– Para isso, será importante revisar aquele conteúdo que foi processado, compreendido. Do contrário, será esquecido.
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– E para a memória funcionar, o material de revisão deve ser marcante, visualmente interessante e visto repetidamente. Veja duas armas para ajudar a memória.
Resumo:
– Use as suas palavras (estudo ativo).
– Use títulos, subtítulos e cores em seu resumo.
– Cores diferentes para assuntos diferentes ajuda a navegar visualmente e a recuperar o que você estuda.
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– Escreva o mínimo possível e, conforme for resolvendo questões e encontrando dificuldades, complemente o resumo.
Mapa Mental:
– É diagrama feito para representar os conteúdos estudados relacionados com uma palavra-chave ou uma ideia central. Por ser visualmente interessante, torna a revisão menos cansativa.
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– Comece sempre pelo centro: seu mapa deve ter uma imagem central, a partir da qual nascem os demais ramos.
– Use uma ou duas palavras por ramo, no máximo. Essa é uma das recomendações mais difíceis que o iniciante encontra para seguir.
– Cada palavra deve ser o maior possível, para não só causar interesse visual, mas também por ser mais fácil de ler e deixar a revisão mais rápida.
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– O tamanho ideal de um mapa mental é uma folha A4 na horizontal em que você consiga identificar prontamente todas as palavras. Se começarem a ficar pequenas, passe para outra folha.
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6. PERIODICIDADE
– A revisão deve ser diária dos seus conteúdos estudados na semana por meio dos mapas mentais.
– No caso de resumos, no mínimo uma revisão semanal, pode ser também a revisão geral de todos os mapas mentais já produzidos.
– Quanto se ver um conteúdo, mais condições de se lembrar dos conteúdos.
7. RESOLVA QUESTÕES
– A resolução de questões é fundamental desde o primeiro dia de estudos.
– Resolva sempre o máximo de questões possíveis.
– As questões certas mostram que uma parte do treinamento está indo bem, e as erradas alertam para que se pare e avalie o estudo.
– Use um site de questões de concursos, que dará centenas ou milhares de questões para praticar.
– Mantenha um registro de data, disciplina, tópico das questões, tempo despendido para resolver cada questão, percentual de acertos. Isso vai te dar uma noção onde estão os pontos fracos.
Considerações
– Nada é certo quanto à previsão de concursos públicos.
– Razões políticas podem suspender ou adiar provas.
– Mas o futuro aprovado aproveita momentos de baixa ou desânimo para treinar e estar pronto para quando pintar o concurso.
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– Enquanto os outros estiverem começando a correr atrás, esse candidato estará por cima, pronto para as provas.
Fonte: Fernando Mesquita, escritor e palestrante.