Na última semana, a equipe do jornal A Notícia deu uma passada no treino do time de futsal da Krona. Mas, desta vez, o personagem da reportagem não era nenhum jogador do grupo e, sim, uma pessoa especial, que deixou de ser só um fã para fazer parte da família do time.
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Guilherme Alves da Silva Santos, de 24 anos, praticamente o fã número um do time, não é especial pela sua maneira de ver e interpretar o mundo: é especial porque encontrou no esporte um abrigo e uma maneira de motivar as pessoas das quais gosta. O torcedor trabalha como ajudante de carga e descarga, mas o esforço diário não o deixa longe do time.
O rapaz assiste a todos os treinos da Krona e, ao chegar ao ginásio, põe uma roupa para treino, acompanhado sempre de uma camisa da Krona. Guilherme sabe o nome de todos os jogadores, conversa com eles durante o treino e, às vezes, até aquece com os atletas.
– Eu acompanho os jogos no site da Liga de Futsal também – acrescenta.
Além do futebol, videogame, filmes e seriados também fazem parte da agenda do torcedor. O amor pelo futebol veio de outro fanático, o pai, Pedro Alves dos Santos. Desde criança, o flamenguista Guilherme é apaixonado pelo esporte e, de acordo com a mãe, Maria da Silva Santos, a coleção de camisas já passa de 60 peças.
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O jovem joga futebol toda sexta-feira, com alguns amigos. Dona Maria já tentou programar outras atividades para o rapaz, mas a paixão pelo esporte é maior.
– Já combinei com ele de ir a um grupo de jovens, mas não adianta, a vida dele é o futebol – conta.
Apesar de o futebol ocupar grande parte do tempo do torcedor, Guilherme também assiste aos jogos do JEC e do time de basquete de Joinville. Segundo dona Maria, foi por meio do futebol que Guilherme ganhou vários colegas e formou opinião própria sobre as coisas a sua volta.
Ele estudou na Escola Giovani Pasqualini Faraco, local, inclusive, ao qual já levou seus amigos que jogam na Krona para a abertura de um evento esportivo. A relação de amizade com os jogadores é verdadeira: ao chegar ao local de treino, os jogadores gritam o nome do torcedor, pegam no pé e o chamam para aquecer.
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Guilherme já ganhou bola autografada, camisas e até medalhas dos jogadores. É praticamente um membro do time. Para dar força à equipe, além dos gritos de apoio, o torcedor elabora, junto com a mãe, mensagens para colocar no vestiário. O rapaz está presente em todos os jogos do time em Joinville.
– Para mim, os mais marcantes foram as finais de 2009 e 2010 (Campeonato Catarinense), em que o time foi campeão – lembra.
Para o técnico da Krona, Paulinho Cardoso, ver uma pessoa tão dedicada emocionalmente com o esporte faz com que as pessoas envolvidas tenham ainda mais responsabilidade com o time.
– Este carinho é muito importante para toda a equipe. O Guilherme se sente como parte do time – diz.
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O torcedor reza, pede, agradece, briga e até exige dos jogadores mais esforço – se for necessário – para a Krona sair vitoriosa das partidas. Foi assim que Guilherme achou uma maneira de extravasar suas emoções, mas, além disso, é, também no esporte, que o rapaz pode demonstrar que dificuldades podem ser superadas com uma boa dose de amor – neste caso, pelo time de futsal.
Confira o vídeo sobre Guilherme: