Um casal troca as temperaturas negativas e a neve do Canadá pelas praias paradisíacas de Santa Catarina. Eles são Lyse Côté, de 69 anos, e Nigel Harris, de 70, e têm Florianópolis como destino durante o rigoroso inverno do país norte-americano.
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A mulher é canadense e Nigel natural da Inglaterra. A história deles com o Brasil começou por meio de Lyse, que há 14 anos oferece hospedagens em sua casa a estudantes de outros países. Ela conta que era comum que brasileiros procurassem seu programa de homestay e, partir disso, eles começaram a conhecer mais a cultura e clima do Brasil e se encantaram, principalmente porque não gostam do frio.
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— O inverno canadense é solitário, porque a gente não sai de casa e a vida social fica muito limitada. Não gostamos de esportes de inverno, como esquiar ou patinar, já que há risco de queda e fraturas. É muito mais saudável para nós trocarmos os meses frios pela temporada quente, onde fazemos caminhadas, andamos de bicicleta, nadamos e fazemos jardinagem — conta Lyse.
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Veja as fotos de Lyse e Nigel
Estadia em SC
A primeira vinda do casal ao Brasil aconteceu em 2016, quando visitaram o Rio de Janeiro, Salvador e Florianópolis. Entre os estudantes que ficavam em sua casa, Lyse hospedou alguns da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que iam fazer doutorado ou pós-doutorado no país.
E foi através do contato mais próximo com os “manezinhos” que, há três anos, enquanto alguns brasileiros e até mesmo catarinenses buscam turistar em cidades ou países que nevam, o casal faz o caminho inverso. A paixão pela capital catarinense foi tanta que, juntos há dez anos, em março do ano passado, escolheram a praia do Campeche para trocar as alianças.
— A cada ano ficamos em uma parte diferente da Ilha. No ano passado, ficamos no Campeche e curtimos muito a experiência, fizemos amizades locais, conhecemos as lojas, academias e rotas dos ônibus que circulam pela cidade. Toda quarta-feira, conhecíamos um local novo, caminhando pelas trilhas, cachoeiras, experimentando alimentos. Conhecemos quase todos os bairros, de norte a sul — relata.
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Projetos em Floripa
Antes de oferecer as hospedagens, Lyse dedicou 22 anos de sua vida ao serviço público federal canadense e também atuou no tribunal de Ottawa. Atualmente, durante sua estadia no país de origem, trabalha como intérprete em hospitais da região da capital do Canadá, já que domina o francês, inglês, italiano, espanhol e português.
Já o esposo, engenheiro de fibra óptica de formação, se reinventou e, há duas décadas, fundou o Musical Wellness, onde atendia idosos e pessoas com Alzheimer, oferecendo terapia por meio de músicas. Durante a trajetória, apaixonou-se pela música brasileira e, a cada visita ao país, se dedica a aprender um ritmo novo.
No verão passado, inclusive, Nigel atuou como músico voluntário para moradores de um lar de idosos em Florianópolis e também tocou em bares do Campeche e Lagoa da Conceição. Ele compõe canções e também ensina a tocar violão e ukulele.
No verão de 2025, o casal terá o visto de residente e não entrará mais no país como turistas. Para eles, esta é uma demonstração de “compromisso” com a Ilha da Magia.
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— O nosso maior sonho é abrir um centro de saúde holístico em Floripa, que inclui serviços de cura energética, tarot, música terapêutica para limpar os chacras, acupuntura auricular para reduzir o estresse e melhorar o sono — diz.
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