Ter o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros. Mais especificamente de 34,6% da população, de acordo com o relatório de Empreendedorismo no Brasil de 2013 (Global Entrepreneurship Monitor – GEM). Mas chegar até lá não é fácil. Ser um empreendedor exige muitas horas de dedicação e conhecimento. Como saber se este é o caminho para você?
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Antes de largar o emprego para começar o negócio, é preciso ter em mente que o empreendedorismo não é a alternativa mais fácil à insatisfação com o trabalho atual.
– É uma realidade muito difícil. Para ter jornadas flexíveis, estabilidade financeira, só depois de muito trabalho – observa Marcos Mueller, coordenador regional da Endeavor, instituição de seleção de apoio a empreendedores de alto impacto, em Santa Catarina.
Para ter sucesso com um negócio próprio, o primeiro passo é escolher uma área pela qual esteja realmente apaixonado, diz Mueller. Ele defende que só assim será possível estar motivado para superar os desafios que surgem na jornada.
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– Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho. Quando se sonha grande, os desafios do dia a dia não vão te tirar do foco. Eles ficam pequenos perto do que se quer construir – acrescenta.
Certo do negócio no qual se quer investir, o próximo passo é buscar conhecimento e ajuda. Consultores, mentores e instituições como o Sebrae auxiliam o novo empreendedor a fazer o negócio dar certo.
Empreendedor por oportunidade
Emilia Chagas, de 30 anos, seguiu o caminho que Mueller recomenda. A ideia para o novo negócio surgiu do trabalho freelance que fazia em paralelo ao emprego como jornalista. Ela produzia conteúdo para o setor de marketing de empresas.
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Observando a grande demanda de empresas por redatores e inspirada pelo movimento das startups em Santa Catarina, Emilia pensou em um negócio que viabilizasse o encontro desses grupos em uma plataforma online. Surgia aí o embrião da Contentools, a primeira empresa do Brasil de marketing de conteúdo.
A jornalista é uma entre os 71,3% empreendedores brasileiros que começam um negócio por oportunidade, e não por não possuírem melhores condições de ocupação, de acordo com o relatório GEM.
– Passei a empreender por enxergar no mercado uma oportunidade para mim – diz. Emilia deixou o emprego para dedicar-se somente ao negócio quando a empresa conseguiu cobrir suas próprias contas.
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Ainda assim, não foi uma decisão fácil, pois ela gostava da antiga função. E o trabalho, que era dobrado enquanto estava empregada, não diminuiu.
– Continuo trabalhando de noite e no fim de semana. Mas hoje é para minha empresa – comemora.
Para ela, mesmo sendo empreendedora de primeira viagem, é possível montar um negócio sem se arriscar muito.
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– A gente consegue empreender e ser ao mesmo tempo racional, validar hipóteses. É possível ter os pés no chão, apesar de ter a cabeça nas estrelas – avalia.