O JEC foi a última equipe catarinense a estrear na Copinha e entrou em campo contra o Bahia na última quinta-feira (4). Entre os titulares do empate sem gols, estava um atacante indígena que carregava a camisa 7 do Tricolor e que pretende fazer história na competição pelo Coelho.
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Presidente do JEC revela orçamento e montagem do elenco para o Campeonato Catarinense 2024
Alisson Dakawazerekwa Xerente, conhecido como Índio, 20 anos, é da etnia Xerente, que fica na cidade de Tocantínia (TO), e conta que a paixão pelo futebol vem desde os tempos de criança na sua aldeia.
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— Quando eu assistia os jogos pela TV, eu sempre falava para os meus pais que eu queria isso para a minha vida. Um dia, eu fui morar com o meu pai na cidade e entrei para a escolinha. De lá, eu fiz um teste em alguns clubes e tive a oportunidade de ir para o Desportivo Real, de Goiás. Na sequência, passei pelo Atlético-GO por quase cinco anos — relembra Índio.
O atacante revela que o caminho não é fácil e que já enfrentou preconceitos por ser indígena dentro do mundo da bola. No entanto, afirma que isso não será o suficiente para desistir do seu sonho.
— Eu acho que isso é normal no futebol das pessoas falarem que você não vai conseguir, que não vai chegar onde você quer. Porém, eu quero muito isso para a minha vida e vou lutar por isso. Meu sonho é tirar os meus pais da vida que eles estão e isso é a maior motivação de acordar todos os dias para treinar — complementou Alisson Índio.
Chegada ao JEC após fase artilheira
Após a passagem pelo Atlético-GO, Índio ainda jogou pelo Trindade e se sagrou artilheiro do Campeonato Goiano sub-20 depois de marcar 12 gols em 17 jogos. Na sequência, se transferiu para o Tricolor e está no grupo que vai disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior.
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— Meu maior sonho na Copinha é jogar pelo JEC porque é um clube que me acolheu e fazer história na competição com meus companheiros — finalizou.