Da infância à vida a adulta somos movidos pela fantasia. Um amigo invisível durante os primeiros anos de vida ou uma profissão que se torna realidade tempos depois são exemplos práticos.
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– A fantasia é uma defesa do eu para refrear o desejo. A fantasia nos ajuda a lidar com a decepção e as frustrações da realidade. Ela nasce e morre com a gente – destaca a psicóloga Maria Júlia Zimmermann.
Dentro da psicanálise, Freud afirma que a fantasia é o reino intermediário que se inseriu entre a vida segundo o princípio de prazer e a vida segundo o princípio de realidade.
– É um encenação da psique para satisfazer desejo reprimido que não pode se tornar realidade.
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Fantasiar é algo saudável, mas é importante ter cuidado para que ela não interfira no cotidiano. De acordo com a psicóloga, quando causa danos a fantasia pode deformar laços afetivos e interferir na realidade imediata, pois algumas devem permanecer apenas na imaginação.
Há também a fantasia consciente, pessoas que mentem e inventam vidas, profissões que ela não possui. Os transtornos psíquicos são notados com o passar do tempo e precisam de orientação.
Nesta época de Carnaval, é possível ver as vontades explícitas nas fantasias escolhidas, por exemplo.
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– O Carnaval é a autorização cultural para a representação dos desejos. É o momento em que as vontades vem a tona. É uma fantasia cultural compartilhada em cada região, assim como o Papai Noel e Coelhinho da Páscoa.
É importante conhecer suas fantasias e os limites em relação aos desejos para que ela não se torne um problema. Mas é importante que a fantasia acompanhe nossas vidas.
– Há pessoas que vivem uma fantasia desde o momento em que nascem e que acreditam nela até o momento em que morrem. Na verdade elas não vivem a realidade – destaca a psicóloga.
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Confira a reportagem completa na Viver! do Jornal de Santa Catarina deste fim de semana.