Foi anunciado nesta quarta-feira o nome do novo bispo da Diocese de Blumenau, que assume o lugar de Dom José Negri, que se despediu em outubro do ano passado. Dom Rafael Biernaski, curitibano de 59 anos e bispo auxiliar da Diocese de Curitiba desde 2010, foi nomeado pelo Papa Francisco e deve chegar em Blumenau em setembro para assumir a diocese.
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::: O que esperar de Dom Rafael Biernaski, novo bispo da Diocese de Blumenau
::: Diocese de Blumenau aguarda com ansiedade a chegada do novo bispo
A reportagem do Santa conversou com Dom Rafael sobre as expectativas dele para o cargo e a sua formação religiosa:
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Quando o senhor deve chegar em Blumenau?
Dom Rafael: Há um prazo de dois meses para que a posse seja feita. A data exata deve ser escolhida na próxima semana, na reunião dos bispos da regional de Santa Catarina, em que eu estarei presente. Lá devemos propor uma data e fixá-la no calendário.
Já conhece a região de Blumenau? Qual a sua expectativa para o trabalho aqui?
Dom Rafael: Ainda não conheço. Agora vou começar a entender a região e suas peculiaridades. O meu objetivo é colocar luz no caminho já feito, a missão que recebi trata de dar continuidade com entusiasmo e alegria aos trabalhos já realizados nos 15 anos da diocese.
Como foi receber a notícia da escolha do Papa?
Dom Rafael: É padrão o processo em que o consulado do Papa no país, ao ver uma diocese vacante (sem um bispo), inicie o processo. Bispos são ouvidos e fazem sugestões de nomes, que vão para a escolha do Papa. Para mim é uma grande alegria ter sido escolhido por ele para esse trabalho, é uma missão que recebo diretamente do Papa e que me orgulha muito.
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Sua origem é polonesa, mas tem influências de outras culturas?
Dom Rafael: Sim, sou de família polonesa, a terceira geração nascida no Brasil. Compreendo a língua polonesa e tenho contato com a cultura, mas tenho influências de experiências em outros países, inclusive na Alemanha – onde vivi por um ano. Foi um contato interessante, me deu conhecimento e compreensão básica do idioma, algo que me deixa alegre por ir para uma cidade de colonização alemã.
Qual é a sua formação religiosa?
Dom Rafael: Sou um padre diocesano, do clero de Curitiba, portanto tive uma formação diferente da do Papa Francisco, que é jesuíta. Mas tive uma grande influência jesuítica, pois meu mestrado e doutorado foram feitos na Itália, onde tive contato com essa formação católica. No aspecto filosófico, sempre estudei em Curitiba, mas minha formação teológica veio de Roma.
Qual a linha de trabalho que deseja exercer como bispo na Diocese de Blumenau?
Dom Rafael: A linha fundamental de qualquer trabalho em qualquer diocese é a evangelizadora. Seguindo o Papa Francisco, precisamos mostrar a alegria de ser seguidores, discípulos e missionários de Jesus. Como evangelizadores, nossa vida gravita em torno de Jesus, e devemos anunciar isso com alegria.
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