A escolha do novo reitor ou reitora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) foi levada ao segundo turno pela comunidade acadêmica da instituição, que voltará às urnas em 8 de novembro. O pleito vai definir também o vice-reitor, em mandato que irá de 12 de abril de 2024 a 11 de abril de 2028.

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Em votação na quarta (18), aberta a mais de 13 mil pessoas, entre professores, técnicos e estudantes, duas chapas puderam avançar. Já a chapa encabeçada pelo atual vice-reitor, Luiz Antônio Ferreira Coelho, que era acompanhado pela professora Adriane Sambaqui Gruber, perdeu o pleito em primeiro turno.

Já estava definido que, caso nenhuma chapa obtivesse um coeficiente eleitoral maior que 0,50, haveria um segundo turno. O cálculo do índice é feito de modo que os votos dos professores representem 50%, enquanto as escolhas dos técnicos e dos estudantes têm um peso de 25% cada na composição final.

Veja o coeficiente de cada chapa no primeiro turno da Udesc:

  • Chapa 10 – Professor José Fernando Fragalli para reitor e professora Clerilei Aparecida Bier para vice-reitora: 0,3323;
  • Chapa 20 – Professora Letícia Sequinatto Rossi para reitora e professor Leonardo Secchi para vice-reitor: 0,3204;
  • Chapa 30 – Professor Luiz Antônio Ferreira Coelho para reitor e professora Adriane Sambaqui Gruber para vice-reitora: 0,0689.

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Quem são os nomes ainda na disputa

José Fernando Fragalli, que encabeça a chapa com maior coeficiente no primeiro turno, é professor da Udesc há 29 anos. Natural de São Carlos (SP), ele é doutor em física básica pela Universidade de São Paulo (USP) e docente efetivo desde 1994 do departamento de física do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), do qual já foi diretor geral. Ele também já foi membro do Conselho Universitário (Consuni).

Junto dele está a professora Clerilei Aparecida Bier, catarinense de Ponte Serrada. Ela é doutora em direito pela Universidad Complutense de Madri (UCM), na Espanha, e docente efetiva da Udesc também desde 1994, lotada no Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).

Já a outra chapa na disputa é liderada pela professora Letícia Sequinatto Rossi, do departamento de solos e recursos naturais do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV). Natural de Santo Augusto (RS), é doutora em ciência do solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e docente da Udesc desde 2011. Ela também já chegou a ser reitora em exercício da universidade no início do ano passado.

A professora é acompanhada pelo professor Leonardo Secchi, catarinense de Ibirama. Doutor em estudos políticos pela Universidade de Milão, na Itália, está na Udesc desde 2009 e leciona no departamento de administração pública, do Esag. Ele ainda foi eleito suplente de deputado estadual em 2018, pelo PSB.

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Como é feita a eleição na Udesc

A eleição na Udesc faz uso de urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral catarinense (TRE-SC), método adotado pela segunda vez seguida na universidade.

No primeiro turno, as urnas ficaram dispostas em todas as unidades da universidade, distribuídas em 21 municípios catarinenses, o que também deve ocorrer no segundo. Há aproximadamente 790 docentes, 730 técnicos e 12 mil alunos aptos a votar.

O resultado final será lavrado por uma Comissão Eleitoral Central, que encaminhará todo o material ao atual reitor, Dilmar Baretta, para homologação do Consuni. Depois disso, caberá ao governador Jorginho Mello (PL) nomear e dar posse aos eleitos.

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