O que são cinco ou até mesmo 10 quilômetros de corrida, sob a luz da lua, em dunas fofas? O desafio oferecido na quinta edição da Night Run Costão do Santinho pode parecer um grande feito para muitos. Para outros, um treino de fim de semana, nada muito fora da habitual maratona diária. Sim, existem pessoas que já ultrapassaram os próprios limites e somente uma ultramaratona (com percursos longos no meio de montanhas rochosas ou de uma floresta fechada, no frio, no calor em excesso, na escuridão) vira um grande obstáculo, o que parece não ser o caso das meninas do Na Ponta da Língua. As blogueiras Celina Keppeler, Janaína Laurindo e Gabi Wolff (representando a sedentária Cris Cordioli) aceitaram o desafio de encarar o trecho de cinco quilômetros da prova, na escuridão das areias da praia do Santinho, norte da Ilha de SC, no fim de janeiro. O resultado é mais um vídeo da série Se Joga no Verão.

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Assista ao vídeo com as blogueiras do Na Ponta da Língua na quinta edição da Night Run Costão do Santinho

Começando a correr

De acordo com o preparador físico Vagner Carmo dos Santos, dois fatores são os principais atrativos para os corredores: a busca pelo emagrecimento e o convívio social.

– As pessoas procuram os grupos de corrida porque a metodologia que utilizamos busca não só o estímulo da atividade física, mas também a interação entre as pessoas. Temos turmas com mais de 60 alunos, e isso é muito prazeroso – explica Santos, acrescentando que a produção de endorfina durante o exercício é que estimula a vontade de praticar cada vez mais.

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– Quanto mais você corre, mais produz endorfina e para algumas pessoas isso pode, sim, se tornar um vício.

Santos, que é coordenador técnico do grupo de corrida Run the City, conta que não é difícil de encontrar casos em que é preciso “frear” a prática da corrida sob o risco de ocorrer alguma lesão no atleta pelo exagero de estímulo.

– O excesso em nenhuma modalidade é positivo, precisamos dosar adequadamente os treinamentos. Para iniciantes, nunca começamos direto com a corrida, passamos antes por uma caminhada leve, o trote, até chegarmos a uma velocidade maior – ensina Santos.

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Fácil concluir que entre as blogueiras do Na Ponta da Língua, acostumadas a malhar mais a língua do que o corpo, o excesso de atividade física não é problema. Que o diga Cris Cordioli, que ao se autodenominar uma “sedentária nata” optou por não participar da prova:

– Mesmo se quisesse, eu não poderia aceitar o convite da Jana para participar da aventura. Por quê? Muito simples: não corro nem de ladrão. E olha que acho mais que libertador colocar os músculos em movimento, mas confesso que tenho que começar bem devagar. Sinto que o excesso de peso e o sedentarismo não combinam com um esporte que, pelo menos aqui bem de longe, parece exigir muito do corpo. Quem sabe no ano que vem, querida amiga, depois que eu perder peso para pular de paraquedas. Começo pulando, depois correndo em direção ao… Bom, deixa pra lá – brinca, Cris.

Embora a blogueira encha a boca de desculpas para justificar a ausência no desafio, Santos garante que qualquer pessoa pode correr:

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– Não há limitações, todo mundo pode fazer, porém com algumas restrições para pessoas com histórico de hipertensão, problemas cardiovasculares ou diabetes. Mas nada impede a prática da corrida, o que temos que fazer é adaptar o método de treinamento – lembra o preparador físico.

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Se para Cris Cordioli o “passeio” pelas dunas do Santinho pareceu impossível, para os muitos inscritos na prova nada poderia impedir a conclusão do percurso, nem mesmo o temporal que caiu uma hora antes da largada e que por pouco não cancelou o evento.

– A verdade é que quase desisti de participar, além de não estar acostumada a treinar na areia, ainda tinha o fator climático, que me deixou bastante preocupada. Porque, sim, completar cinco quilômetros nem me parece um grande desafio, mas os trovões, esses me amedrontam – acrescenta Janaína Laurindo.

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Entre as blogueiras, Celina Keppeler foi quem chegou na frente, mas com uma ajuda amiga.

– Esta foi a terceira corrida da qual participei. Era a que me sentia fisicamente mais preparada, mas sabe quando não estamos dispostos a fazer qualquer esforço ou ter grandes emoções? Talvez fosse esse meu problema. Por fim, estava cansada, com dor na perna, fiz o que achei mais sensato… Peguei carona até a linha de chegada, afinal, não sou obrigada a nada! – solta Celina, sem o menor arrependimento.