Dourada e refrescante, a pilsen foi a primeira cerveja clara de baixa fermentação a ser produzida. E embora as cervejas mais vendidas no Brasil tenham este nome, elas estão longe de ser consideradas verdadeiras representantes do estilo. O uso de cereais não maltados, que diminui o corpo da cerveja, e a cada vez menor utilização de lúpulos mudou tanto as suas características que hoje elas são tecnicamente classificadas

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como “cervejas claras de baixa fermentação”.

A Pilsner Urquell, que em alemão significa “pilsen da fonte original”, começou a ser produzida em 1842 em Pilsen, na República Checa, e foi a primeira no estilo. Possui

coloração dourada intensa, com farta espuma branca. O aroma é suave, com presença de malte e notas florais do lúpulo Saaz. O sabor do malte é marcante, porém o destaque é o lúpulo, com um amargor equilibrado.

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Outra famosa pilsen checa é a Budweiser Budvar, que não deve ser confundida com a homônima americana. É bastante parecida com a Pilsner Urquell, porém um pouco mais forte (5% contra 4,4%) e um pouco menos amarga.

Os alemães aderiram ao estilo logo após sua criação, ao contrário de outros lugares, mantiveram as suas características originais, com pequenos ajustes. A Jever Pils é uma pilsen alemã que prima pela lupulagem de amargor. Já a König Pilsener destaca o lúpulo mais no aroma, com um amargor um pouco mais suave.

Entre a maioria das cervejarias artesanais brasileiras infelizmente o lema ainda é a adaptação ao paladar nacional, produzindo um estilo de pilsen mais próximo das grandes marcas. Porém algumas ousam um pouco mais e produzem cervejas que não deixam nada a desejar para as europeias.

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A mineira Wäls produz uma pilsen no verdadeiro estilo checo, com bastante lúpulo tanto no aroma quando no sabor. A paulista Colorado também capricha na Camila

Camila, uma pilsen bem aromática e com amargor pronunciado