Pessoas que emprestaram seus brinquedos para a exposição Uni Duni Tê, Brincando Com Você!, do Museu de Hábitos e Costumes de Blumenau, contam as histórias de seus itens favoritos. Confira:
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Lembranças de um gamer
Arthur Ângelo Kirsten, 15 anos, sempre foi um apaixonado por games. Tanto que os dois aparelhos que ganhou na infância – um Game Boy e um Super Nintendo emprestados para a exposição no Museu de Hábitos e Costumes – nunca foram deixados de lado.
Apesar de hoje dedicar o tempo livre aos jogos no computador e do PlayStation 3, o jovem confessa que tem um carinho especial pelos brinquedos mais antigos:
– O Nintendo foi meu primeiro videogame, ganhei quando tinha quatro anos. Lembro que na época fiz uma cirurgia e só podia ficar em casa e no hospital, então passava os dias jogando – conta.
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Os dedos ágeis de gamer, ele diz, passeavam pelas aventuras do desenho-animado favorito da época: Pokémon.
– Meu pai foi para a China quando eu tinha seis anos e trouxe o Game Boy. Até os 10 anos eu levava ele comigo pra todo canto, já que era portátil. Eu coleciono, gosto muito de videogames. E tenho ciúme (risos). É algo que eu cuidei tanto e que mantive tão bem conservado, não quero que isso se perca – finaliza.
Diversão através das décadas
Uma boneca com corpo de pano e cabeça de ferro é uma das boas lembranças que a advogada Mônica Bubeck Stritthorst, 46 anos, tem da infância. O brinquedo, que veio na bagagem dos imigrantes Paula e Otto Bubeck, avós dela, em 1924, fez parte dos dias de menina junto à irmã, Marion. Hoje, 40 anos depois, a boneca faz parte do acervo permanente do Museu de Hábitos e Costumes de Blumenau:
– A gente fazia casinha no quarto, improvisava um berço, vestia e levava a boneca pra passear. É engraçado porque na época se seguia muito o modelo da mãe com as bonecas, e hoje em dia vejo que a minha filha tem a Barbie “independente”, com carro, a mulher moderna – diverte-se Mônica.
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Ela conta que a história do brinquedo “viajante” sempre encantou as meninas da família Bubeck:
– Lembro que a vó contava que esse tipo de boneca era comum na Alemanha naquela época, porque havia muitas fábricas de fundição. Ela veio para o Brasil com o meu avô para fugir da guerra, deixou a família toda lá. O brinquedo era uma forma de recordação – relata.