A alegria da vitória da equipe de vôlei do Rio do Sul/Equibrasil sobre o Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho, na segunda-feira, ainda contagia tanto as jogadoras quanto os moradores da cidade do Alto Vale.

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Derrotar as favoritas ao título da Superliga Feminina foi mais do que um sonho: tem o significado de superação em dose dupla. Há cerca de um mês a quadra do Ginásio Artenir Werner, onde elas conquistaram o feito, estava coberta pela água da enchente.

A próxima partida do Rio do Sul é contra o Brasília, marcada para esta sexta-feira, às 20h30min, com transmissão ao vivo pelo canal por assinatura SporTV 2. A equipe chegou nesta quinta-feira à Capital Federal.

Em um dos rostos da equipe, o sorriso está ainda mais visível. A oposta Arianne, 23 anos, escolhida como a melhor jogadora da partida contra o Rio de Janeiro, mal consegue acreditar no que aconteceu.

Além de ganhar do time comandado pelo técnico da Seleção masculina, ídolo de quem gosta de vôlei, teve reconhecido o esforço que vem desempenhando na temporada. Teve a atuação elogiada até pelo treinador adversário e foi escolhida a melhor em quadra na segunda-feira.

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– Demorou a cair a ficha naquela noite. Nem dormi de tão eufórica que fiquei – diz.

Nascida em Belo Horizonte (MG), Arianne teve na irmã Jordane, quatro anos mais velha, a inspiração para praticar o esporte. A menina moleca que não gostava de ficar parada, como ela se define, acompanhava a irmã nos treinos.

Há um ano, na temporada da Superliga 2012-2013, a vida uniu a parceria das duas numa só equipe, realizando um sonho de Arianne. Jordane é levantadora no time de Rio do Sul – união nas quadras e fora dela, pois dividem um apartamento na cidade.

Embora tenha sido alvo de elogios, Arianne mantém os pés no chão. Quando questionada sobre a possibilidade de ir para um grande time, resume aquilo que transparece:

– Foi só um jogo. A Superliga ainda não terminou. Ter sido destaque só me ajudou a dar mais vontade de treinar e melhorar ainda mais. Tenho de ver o que errei naquela partida, pois sei que preciso me superar todo o dia.

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Embora tenha passado por times até fora do Brasil, a jovem em por Rio do Sul um carinho especial:

– É surreal a torcida daqui, como todos conseguem se superar, já que tivemos a enchente. Foi um momento difícil, mas também nos deu força.

Quando questionada sobre o futuro, ela não pensa duas vezes:

– Ele está em jogar contra Brasília. É esse o futuro. Quero pensar no que está perto, já que tem muita coisa pra acontecer.